Dezoito famílias trabalham com o cultivo de ostras de forma regularizada em Guaratuba. Esses ostreicultores possuem as cessões de áreas, ou seja, são proprietários de regiões aprovadas para o cultivo há cerca de dez anos, de acordo com leis ambientais da Agência Nacional da Água (ANA), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), da Secretaria do Meio Ambiente e do Ministério da Pesca e Aquicultura.
Existem quatro áreas regularizadas na região, onde atuam essas famílias: Cabaraquara I, Cabaraquara II, Ilha da Pescaria e Barigui. Porém, de acordo com o presidente da Associação Guaratubana de Maricultores (Aguamar), Mauro Francisco Maia, faltam incentivos para os ostreicultores. “Não basta termos as áreas regularizadas e o nosso trabalho se não temos incentivo em termos de pesquisa para a produção das sementes das nossas ostras nativas, e nem um órgão para realizar os exames da água e das ostras que assegurem a qualidade sanitária do produto.”
Maia conta que os produtores do Paraná trazem as sementes de ostra de Santa Catarina. A partir daí, elas são manejadas da maneira que os produtores sabem. “Mas, como não há pesquisa no estado a respeito da ostra nativa e nem apoio técnico, nem sempre elas crescem. Às vezes, depois de cinco, seis meses de trabalho com as ostras, somos obrigados a jogar fora. Não temos como entrar na atividade produtiva de forma profissional sem fomento”, lamenta.
Outro ponto levantado pelo presidente da Aguamar é a questão ambiental. “Hoje a maioria das ostras é extraída de seu ambiente natural para colocarmos nas lanternas, onde elas crescem. Não há sustentabilidade ambiental. Pergunto-me até quando este ambiente vai aguentar, por isso vejo a necessidade urgente de se desenvolver o cultivo em Guaratuba”.
Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br