Centro de Ciências Agrárias inaugura Laboratório de Aquicultura

Centro de Ciências Agrárias inaugura Laboratório de Aquicultura
Imagem meramente ilustrativa

Alagoas detém 1, 47% da produção nacional de pescado, 35 mil pessoas estão envolvidas na atividade e a aquicultura de peixes de água doce é desenvolvida atualmente por 300 produtores locais. Mesmo com vocação e potencial para o franco crescimento e consolidação de tão importante setor produtivo, o Estado continua incipiente para a produção visando o fortalecimento da atividade, desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda.

O ponta pé inicial para alavancar a atividade pesqueira em Alagoas foi dado pelo Centro de Ciências Agrárias (Ceca), da Universidade Federal de Alagoas, na manhã da terça-feira, dia 30, com a inauguração do Laboratório de Aquicultura que consiste em mais um espaço de aprendizado conectado com as ações de ensino, pesquisa e extensão, visando a formação profissional qualificada. O laboratório é o primeiro do Estado e um dos poucos da Região Nordeste para a produção também de peixes marinhos. Entre as espécies estão a carapeba (Eugerres brasilianes) e xira (Prochilodus argentens).

O Laboratório de Aquicultura trabalhará conjuntamente com o Laboratório de Nutrição Animal já instalado no Ceca e desempenhará as atividades com parceiros locais, nacionais e internacionais. A exemplo da Secretaria de Pesca e Aquicultura (Sepaq), do Estado; Fundação de Amparo à Pesquisa, do Estado de Alagoas (Fapeal); Superintendência do Ministério da Pesca em Alagoas; Universidade do Porto (Portugal); e Instituto Espanhol de Oceanografia.

A inauguração foi prestigiada pela comunidade acadêmica e administrativa da unidade de ensino, e o governo estadual foi representado pelo secretário da Pesca e Aquicultura, Cantídio Mundim. Também presente à inauguração Fernando Chaves, representando os empresários do setor local de aquicultura.

Os coordenadores das ações de aquicultura, professores Elton Santos, Emerson Soares e Kedes Pereira, pesquisadores do Ceca, destacam a importância do novo espaço para o aprendizado dos alunos e formação qualificada. “A área de aquicultura marinha é pouco explorada, está em expansão e requer mão de obra qualificada. Vários cursos como Zootecnia, Agronomia, Medicina Veterinária e Engenharia de Pesca têm na grade curricular as disciplinas piscicultura, aquicultura e nutrição”, dizem. As atividades envolvem desde a reprodução das espécies à nutrição animal incluindo a produção de ração.

O professor Emerson Soares informa que no final deste mês a equipe dos Laboratórios de Aquicultura e de Nutrição Animal dará início a coleta das espécies para os estudos científicos. No que se refere à nutrição animal caberá ao Laboratório específico os experimentos de ração usando produtos locais, para baratear o custo para os produtores. O professor E Elton Santos explica a importância dessa iniciativa.

“O objetivo é baratear o custo da ração, que detém cerca de 80 por centro do custo de produção, mas priorizando a qualidade para a nutrição. Faremos testes com farelo de coco, farinha de folha de mandioca, farinha de cabeça de camarão, produtos facilmente encontrado em Alagoas, em substituição a tradicional ração feita com farinha de peixe, farelo de soja e milho”, frisa.

Para reforçar o conhecimento na área já está na Capes, para avaliação, a implantação do mestrado e doutorado em Ciência Animal para 2015, nas seguintes áreas de concentração: Aquicultura e Ecologia Aquáticas; Sanidade Animal; Genética e Consumo Animal; e Forragicultura e Sistemas Agropecuários. O Programa de Pós-graduação oferta um total de 40 vagas e tem a coordenação do professor Elton Santos.

Fonte: http://aquiacontece.com.br