Os peixes estão em segundo lugar na preferência dos brasileiros e já somam mais de 26 milhões nadando nos aquários. Eles só perdem para os cachorros.
O universo é gigantesco e tranquilo e o que não falta é tecnologia para simular, nos aquários, o rio ou o mar.
A cozinha ganhou um charme a mais depois do aquário, mas é no quarto que ficam os xodós da estudante Marina de Mello com os 26 peixes de espécies naturais da Amazônia. O aquário foi presente do namorado Thiago Barreto, que há 10 anos se apaixonou pelo aquarismo.
Quanto mais tempo disponível, mais especializado fica o hobby. É o caso do servidor público Marcos Silveira, que há 30 anos começou com animais de água doce e agora tem um aquário marinho em casa. Corais, peixe palhaço, yellow tang são animais que se mantêm vivos por muito mais tempo graças à tecnologia. O aquário conta com simulador de correntes marítimas, ondas, filtro de água potente e até um equipamento de iluminação que simula a luz, do nascer ao pôr do sol, tantos mecanismos para chegar o mais próximo da realidade.
Para a montagem de aquários, hoje, os equipamentos estão cada vez mais modernos, mas para quem pretende começar, um simples, de 20 litros, prevê um investimento de, aproximadamente, R$ 150.
E não basta o vidro. Para a diversão ficar completa, tem que ter areia, pedras, plantas e peixes, claro! Há muitas espécies e os preços variam bastante. Além disso, precisa de todos os equipamentos necessários para simular um ambiente igualzinho ao que os peixes viviam.
Na Zona da Mata Mineira, sete municípios compõem o maior pólo de produção de peixes ornamentais de água doce do Brasil. Cerca de 70% dos animais que são vendidos, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, saem dessas cidades.
Em Patrocínio do Muriaé, 80 famílias que vivem no campo têm a piscicultura ornamental, como principal atividade econômica e a maioria utiliza esse sistema de estufa para o desenvolvimento dos peixes.
Para ser um criador de peixes é preciso uma série de documentos, como licença do Ibama, com o nome das espécies comercializadas, e registro de piscicultor no Ministério da Pesca. Para quem realiza a atividade no campo precisa de licença ambiental.
Gabriel Batista tem como principal atividade a criação do peixe beta. O lucro é de mais de 50%, mas a atividade vai além dos negócios. “Foi uma escolha pela paixão”, diz.
Fonte: http://g1.globo.com