Seca e período do defeso favorecem a escassez do pescado em Santarém

Peixes como curimatá, pirapitinga, aracú e pacúestão em falta nas feiras. Falta do pescado começa a afetar também os consumidores, diz Z-20.

Algumas espécies de peixes estão em falta da Feira do Pescado (Foto: Zé Rodrigues/TV Tapajós/Arquivo)

A seca na região e o período do defeso tem favorecido a escassez do pescado nas feiras e mercados de Santarém, no oeste do Pará. Para a Colônia de Pescadores Z-20, a situação preocupa principalmente o trabalhadores que sobrevivem unicamente da venda de peixes na cidade. Segundo a Z-20, a venda de peixes comerciais de escama teve a maior queda, com estoque abaixo do esperado para o período. A falta do pescado começa a afetar também os consumidores que estão acostumados em manter a alimentação a base de peixe.

De acordo com diretor de assistência social da Z-20, Jocivaldo Pereira, a queda na venda de peixes representa menos faturamento aos pescadores. A procura também está sendo baixa. “A redução de pescado na região pode ser comprovada principalmente na feira do pescado, que a gente acompanha e administra diariamente. Os dias que mais aparece pescado são aos sábados”, explica.

Ainda conforem Pereira, a seca que afetou a região de 2015 para 2016 causou a morte de muitas espécies, afetando a reprodução e a captura. Outro tema que é discutido pela Z-20 é a falta do pagamento do seguro-defeso aos pescadores, o que fez muitos fazer a captura das espécies mesmo no período da reprodução. A situação, segundo Pereira, reflete na diminuição do estoque pesqueiro. Espécies como o curimatá, pirapitinga, aracú e pacú continuam em falta.

Fonte: http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia