Marcado por uma história de luta e resistência, o Acre celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, neste domingo, 5, com o crescimento de uma nova economia, pautada na sustentabilidade, uso racional dos recursos naturais e preservação da floresta.
Há 16 anos, o governo do Estado vem desenvolvendo políticas públicas voltadas para as comunidades tradicionais. As ações têm resultado na diminuição do índice do desmatamento ilegal, no crescimento de uma economia verde, marcando a concretização de um novo Acre, que gera mais qualidade de vida para os acreanos.
Pioneiro no modelo de produção sustentável, o Estado tem apostado no fortalecimento da cadeia extrativista, incentivando a produção da castanha e do látex. A piscicultura é outra aposta da gestão do governador Tião Viana que, ao investir na industrialização do pescado, ampliou o mercado consumidor.
Hoje, os produtos acreanos podem ser encontrados e consumidos nos grandes centros nacionais, e aos poucos ganham espaço no mercado internacional. Mais de 90% da madeira comercializada no Estado é legalizada, oriunda dos planos de manejos comunitários, elaborados pelas associações em parceria com o governo.
As atividades econômicas são pautadas no respeito as questões ambientais, sociais e climáticas. “Nós temos 87% da nossa floresta preservada. Temos muitos extrativistas morando na floresta e utilizando ela para viver com qualidade de vida e gerar renda”, observa o secretário de Estado de Meio Ambiente, Edegard de Deus.
Ocupação de áreas abertas
Os 13% de áreas abertas no Acre são utilizadas com foco na produção sustentável. A piscicultura tem ganhado espaço nesse cenário, bem como a criação de outros animais de pequeno e médio porte, que têm fortalecido outras cadeias produtivas como a da avicultura e suinocultura.
A parceria público-privada-comunitária transformou o modelo de gestão tradicional e agregou como ponto principal o crescimento do pequeno produtor, que passou a ter lucro e a ser sócio nas indústrias acreanas.
Serviços Ambientais
O Estado estimula a preservação de suas riquezas naturais por meio da compensação dos serviços ambientais prestados pelos seringueiros, extrativistas, ribeirinhos, produtores e moradores das florestas do Acre.
O Sistema Estadual de Incentivo aos Serviços Ambientais, criado há mais de cinco anos, fomenta a manutenção e ampliação da oferta de serviços e produtos ecossistêmicos.
O Programa ISA Carbono, desenvolvido pelo Sisa, recebe investimentos do Banco Alemão KfW, que subsidia a produção sustentável no estado elevando a melhoria da qualidade de vida das comunidades tradicionais e crescimento de uma nova economia, com foco na sustentabilidade e conservação ambiental.
A efetivação dessa política de baixas emissões de carbono refletiu diretamente na redução em 10% do desmatamento ilegal no Acre, no ano passado. Enquanto nos últimos 10 anos, esse número sobe para 67% de redução do desmatamento ilegal. “É uma política que vem dando certo, ocupar nossas áreas abertas com uma produção sustentável”, enfatizou Edegard de Deus.
Fonte: http://www.agencia.ac.gov.br