Piscicultores registram aumento nas vendas e apostam em novas espécies

Pangasius sendo produzido pelo Colpani Piscicultura
Pangasius sendo produzido pelo Colpani Piscicultura

Piscicultores de Mococa e São João da Boa Vista (SP) contabilizam um aumento nas vendas depois da crise hídrica do ano passado e estão começando a investir em novas espécies para suprir a demanda do mercado.

Empresário da área, Adriano Pella acredita que alta se deve ao apelo saudável da carne branca. A tilápia, por exemplo, caiu no gosto do brasileiro e ele vende os alevinos para todo o país. Do ano passado para cá, as vendas subiram 8%.

“As vendas, antigamente, eram feitas para pesqueiros e alguns frigoríficos. Hoje tem aumentado muito a procura por sitiantes, fazendeiros, clubes, a gente atende prefeituras também”, explicou o piscicultor.

Em Mococa, Martinho Colpani aposta na produção de outra espécie, o panga br, uma versão nacional do pangasius que o Brasil importa de países como o Vietnã. O criador garante que ele é viavel porque tem muita carne, além de se reproduzir bem em tanques pequenos, o que diminui a demanda por espaço e água.

“Com a seca dos últimos dois anos, que foi uma seca secular, o que aconteceu? Veio ao encontro do nosso pensamento de produzir uma espécie que tem respiração aérea, que suporta, que tem condições de operar com produtividade mais alta”, disse.

As unidades que estão no frigorífico são comercializadas ainda como um teste, mas o diretor da empresa acredita que a aceitação vai ser boa, já que o panga brasileiro tem a carne mais firme e com menos gordura, e a expectativa é de que, com o tempo, o preço seja compatível com o da espécie importada.

“Ele é mais caro agora, no início, devido à baixa produção, mas conforme vai passando, com o aumento da produção, vai baixar”, afirmou Thiago Colpani.

Restaurante
Dono de um pesque e pague em Mococa, Devanir Reis de Souza também está otimista. Apesar da crise ter diminuído o número de clientes, ele acredita no aumento de visitantes depois que o inverno acabar e está ampliando a capacidade do restaurante existente na propriedade de 200 para 600 lugares.

“Às vezes na quantidade você consegue ter um bom resultado, inovando e trabalhando, e é isso que a gente pretende fazer”, disse o empresário.

A ideia é conquistar novos clientes e fidelizar visitantes como o comerciante Fábio Lobo, que gosta de saborear um peixe frito aos domingos.

“Eu gosto da tilápia, gosto muito do salmão também por causa do ômega 3. Sou atleta e é muito bom para a saúde”.

Fonte: http://g1.globo.com