O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), promoveu nesta semana o projeto Campo Futuro desenvolvido, em âmbito nacional, pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
O município de Florianópolis sediou o primeiro painel sobre ostras do País. A aquicultura entrou no projeto em 2014 e, até o momento, foram promovidos 27 painéis em todo o Brasil nos quais foram trabalhadas tilápia, peixes redondos, pirarucu e camarão.
O Campo Futuro disponibiliza informações estratégicas para facilitar a tomada de decisões do produtor rural, mediante o acesso a um completo banco de dados do setor agropecuário, com a evolução sistemática dos custos de produção e da rentabilidade das principais atividades agrícolas e pecuárias e da publicação Ativos do Campo.
O projeto é desenvolvido por técnicos da CNA e da EMBRAPA. Os produtores rurais aprendem, de forma prática, a elaborar o orçamento e o custo de produção da sua atividade, além de utilizar instrumentos para o gerenciamento de riscos de preços, como derivativos agropecuários ou de produção e o seguro rural.
O superintendente do SENAR/SC Gilmar Antonio Zanluchi esclareceu que a metodologia do painel consiste na definição da propriedade típica da ostra. A qual se refere à realidade mais comum da região e de um determinado produto, considerado no estudo. Um grupo formado por técnicos e produtores conhecedores da realidade local se reúne para construir um sistema de produção mediante um debate aberto. “Juntos, eles montam uma planilha de custos de insumos e receita da faixa mais representativa da produção de cada município”, finalizou Zanluchi.
Durante o painel foi desenvolvido o levantamento de custos de produção de ostras com base no preenchimento de uma planilha em conjunto com produtores, professores e técnicos da área. A metodologia utilizada foi a de custo operacional efetivo, operacional total e custo total. “Com essas informações a CNA consegue levantar os principais aspectos que pesam na rentabilidade do produtor e realizar ações junto ao legislativo e executivo em Brasília, tentando sanar os problemas identificados”, esclareceu a assessora técnica da Comissão Nacional de Pesca da CNA, Lilian Figueiredo.
Também participam do projeto a FAESC, os Sindicatos Rurais, o SENAR, a EPAGRI e a EMBRAPA. “Os dados coletados também são direcionados para ações da Embrapa, nas questões de pesquisa e transferência de tecnologia do setor”, acrescentou Lilian.
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, esses indicadores têm como base os levantamentos de dados – chamados de painéis – realizados nos municípios representativos na produção agropecuária. “Depois, é feito o acompanhamento mensal dos preços dos insumos e dos custos de produção nessas localidades”, explicou Pedrozo.
Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br