O mercado de peixe nativo de Mato Grosso e do Brasil foi abordado nesta sexta (9) no 2º Seminário de Tendências e Tecnologias na Piscicultura por Francisco das Chagas Medeiros, que há 25 anos atua no ramo. “O peixe nativo bastante importante na piscicultura nacional, responde a praticamente 50 por cento do que se produz de peixe nativo, mas é uma produção um pouco desordenada, principalmente a comercialização com uma série de gargalos que precisam ser sanados”, observou.
Um dos gargalos, um dos peixes que mais se produz – peixe redondo, o tambaqui tem espinha em ‘y’ no filé, o que significa grande restrição ao consumo. “Outro fator é que não temos um corte do peixe que atenda a todo o mercado. Cada região consome o peixe de determinada forma e com determinado corte. Isso é muito ruim porque tem muito trabalho no frigorífico fazer cortes diferentes para cada região. Diferente de tilápia que existe um único corte que vende no mundo todo”, explicou Medeiros que além de produtor, é consultor, atua em indústria de tanque/rede, área institucional, participante da Aquamat, secretário executivo da Peixe BR que é a Associação Brasileira da Piscicultura.
Para Medeiros, o evento é muito importante, principalmente para os produtores, por ser uma única oportunidade que eles têm de conversar com técnicos e verificar com as principais indústrias do País a respeito de equipamentos. “O setor cresceu muito é um produto do agronegócio e exige tecnificação, conhecimento e principalmente muita gestão do negócio. Quem não participa nem se atualiza, põe em risco o negócio”, avalia Medeiros.
Jules Ignácio da Silva Bortoli, presidente da Associação dos Aquicultores do Estado de Mato Grosso (Aquamat) acrescenta outras vantagens de participar do evento. “A importância do olho no olho, dos relacionamentos, troca de ideias com os companheiros de atividade. Afinal, Amizade não tem preço, ou seja, a possibilidade de estreitar relações”, resumiu Ignácio.
Fonte: http://www.folhamax.com.br