Os três filés brancos importados mais populares no Brasil já não são os mesmos. A ascensão da polaca processada na China e do panga do Vietnã arrefeceu no ano passado, em razão do aumento da fiscalização sanitária e rechaço massivo de contêineres.
Mas o panga “premium”, sem tratamento químico ganhou espaço e alçou o Vietnã novamente ao posto de líder dos filés brancos importados, como se nota nesta análise das importações da categoria no primeiro quadrimestre realizada pela revista parceira REDES & Seafood.
O panga vietnamita, agora vendido em outro padrão ao Brasil, cresceu 17% nos quatro primeiros meses do ano, com um faturamento de US$ 41 milhões. A diferença de produto se expressa pelo preço: em 2016, o valor médio alcançado na exportação ao Brasil foi de US$ 1,51/kg nos primeiros quatro meses do ano; em 2017, o produto custou em média US$ 2,03.
Surpreende também a polaca proveniente do Vietnã (+334% na receita), o que gera a sensação de uma eventual triangulação entre os vizinhos asiáticos para fazer ingressar o produto no Brasil.
O volume de polaca proveniente da China caiu 45% no período, sugerindo que os chineses não reagiram tão rápido como os vietnamitas na dinâmica do negócio. Os volumes no primeiro quadrimestre do ano passado não passaram de 12 mil toneladas, enquanto este ano caíram quase pela metade.
Mas com um mercado já criado para a polaca, abriu-se espaço para o produto proveniente direto da fonte: os Estados Unidos. O país saiu de nenhum volume comercializado entre janeiro e abril de 2016 para 16,3 toneladas e um faturamento de US$ 52,8 mil. A diferença de preço, no entanto, ainda é gritante: se o preço médio foi de US$ 3,23/kg no caso dos norte-americanos, os asiáticos conseguiram vender a US$ 2,42.
Já a Argentina voltou a olhar para os brasileiros. Enquanto crescem exponencialmente com a venda de camarões no exterior, sobem aos poucos com a merluza hubbsi, recuperando patamares anterior. No período analisado, o volume cresceu 54%, enquanto a receita subiu 48%, para 9 mil toneladas e US$ 27,1 milhões, respectivamente.
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Fonte: http://seafoodbrasil.com.br