A inflação já não é uma preocupação dos brasileiros, a julgar pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15, que mede a variação na quinzena, variou -0,18% em julho e ficou abaixo da taxa de 0,16% de junho, menor variação registrada relativa ao mês de julho, juntamente com o resultado de 2003.
O instituto ainda frisa que o índice é o mais baixo desde setembro de 1998, quando registrou -0,44%. O resultado no ano foi para 1,44%, portanto abaixo dos 5,19% referentes ao mesmo período do ano passado.
Segundo o IBGE, o grupo dos alimentos, com participação de 25% nas despesas, exerceu o mais intenso impacto negativo, de -0,14 ponto percentual (p.p.), motivado principalmente pela queda no preço dos produtos comprados para consumo doméstico.
No caso do pescado, o IPCA mensal em junho mostra que o preço cedeu -1,60%, mas já vinha de uma queda de 2,31% em maio. O resultado reflete um ajuste do patamar praticado durante a preparação da Semana Santa – em março, o preço da categoria pescado subiu 3,43%. Já a sardinha em conserva, também medida pelo IPCA, ficou mais cara em abril, maio e junho.
Na avaliação da inflação acumulada do ano, o destaque do mês passado ficou com o pintado, cujo preço apurado pelo IBGE subiu 22,9% ante o mesmo período acumulado de 2016. O salmão ficou 9,74% mais caro na mesma análise, enquanto a cavalinha ficou 10,41% mais barata.
O camarão é um caso à parte. Com a diminuição do consumo pelos altos preços praticados nos primeiros meses do ano, a inflação cedeu 0,73% desde janeiro a junho. Já na análise entre junho de 2016 e o mesmo mês deste ano, o camarão ficou em média 28,13% mais caro.
O salmão também subiu muito em junho ante maio (+8,56%), segundo o IBGE, seguido pelo pintado, com +8,10%. O pacu também registrou alta valorização, de 7,22%. Já a dourada teve a maior queda mensal, de 9,21%, seguida pelo vermelho, com -7,29%.
Fonte: http://seafoodbrasil.com.br