A assistência de um profissional especializado é indispensável para qualquer produtor que queira ingressar na piscicultura, uma atividade que pode trazer bons lucros, desde que esteja de acordo com as normas exigidas. A fim de orientar os visitantes do Show Rural 2018, o Instituto Emater preparou um espaço destinado à piscicultura, onde os produtores podem esclarecer todas as dúvidas sobre a montagem do tanque, sistema de captação de água, alimentação adequada dos peixes e questões que remetem ao transporte até o frigorífico. Durante o evento, os visitantes poderão conhecer o sistema comercial de produção de tilápia, a espécie mais aceita tanto pelo consumidor quanto pelos frigoríficos do Paraná, maior produtor do Brasil.
De acordo com Altair Luiz Jede, técnico do Emater, os tanques devem possuir uma entrada individual de água. “Essa água entra pela cabeceira, passa pelo tanque e vai até o monge, para então retornar ao rio ou córrego. Antes disso, ela passa por uma caixa de decantação, que é o local onde a água é purificada. É importante saber que essa caixa deve ser de um tamanho equivalente a no mínimo 20% do total do tanque”, afirma.
A água considerada ideal para a prática da piscicultura deve ter pH com nível entre 7,5 e 8 e ser adubada com calcário e adubo químico, o que representa aumento da conversão alimentar e, consequentemente, da produção. A quantidade de ração adequada depende da quantidade de peixes que habita o tanque e seu respectivo peso, sendo diretamente responsável pelas condições em que chegarão ao frigorífico, após serem transportados em um caminhão com oxigênio. Os peixes que chegam mortos são descartados.
Antes de montar o tanque é fundamental que o produtor busque acompanhamento de um profissional especializado, responsável por fornecer suporte desde a escolha do local – que deve ser previamente vistoriado – até a obtenção da licença ambiental e demais autorizações relacionadas. “A gente vai explicar todo o sistema, desde a implantação até o final da produção. A piscicultura é uma produção diferenciada, por isso a participação do profissional é fundamental”, conclui o técnico do Emater.
Fonte: https://massanews.com