Em dezembro de 2017 os Distribuidores Especializados em Food Service (Diefs) estimaram um crescimento entre 8% e 10% para 2018. Recentemente, o grupo divulgou os números nominais de janeiro a agosto que mostram até o momento uma expansão de 9,03%. E que apesar da incerteza do mercado com o cenário político, o Diefs mantém o estímulo aos seus distribuidores, a fim de garantir os objetivos anuais.
Os indicadores de desempenho no primeiro mês do ano apontaram crescimento de 9,18%. O período mais crítico foi em março, com apenas 0,34%, mas houve uma melhora no final do semestre que culminou com a elevação de 19,47% e 12,32% em julho e agosto, respectivamente. O grupo dos Diefs representa 14 associados e 85 mil clientes atendidos semanalmente em praticamente 2.500 municípios brasileiros.
A comparação deste desempenho com os números da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad) traz diferenças significativas. A entidade responde por 95% do abastecimento dos pequenos mercados (com até quatro caixas), além de 85% do abastecimento de bares e 45% do que é fornecido ao varejo farmacêutico e de cosméticos.
Os associados da Abad iniciou o ano apresentando dados negativos de -1,14% e se manteve em queda até maio de 2018 com -8,75%. Porém conseguiu reverter a situação nos meses seguintes, com um pico de faturamento em agosto de 4,94%.
Em relação ao mês de julho de 2018, a alta foi de +5,91%. Já no acumulado do ano, de janeiro a agosto, houve queda de -0,55% em relação ao mesmo período de 2017. “Embora a massa de desempregados, que é o grande pilar da recuperação econômica, permaneça sem grandes movimentações e o cenário político muito indefinido, o setor atacadista e distribuidor manteve-se firme no propósito de reverter os resultados negativos do início do ano. Agora, com a proximidade das festas de fim do ano, período que sazonalmente nos favorece, estamos colhendo o resultado desse empenho”, afirmou antes das eleições Emerson Destro, presidente da Abad.
Em termos reais, o faturamento do setor teve alta de +0,72% em agosto em comparação ao mesmo mês de 2017. Em relação ao mês de julho, o crescimento foi de +6,01%. De janeiro a agosto de 2018, a retração é de -3,82%. Destro observou ainda uma pequena melhora recente na economia. “Aparentemente o País retomou, ainda que em ritmo bem lento, a trajetória de crescimento que vinha construindo antes da paralisação dos caminhoneiros. Por isso, trabalhamos com a expectativa de crescimento de até 1% no faturamento deste ano”, conclui.
Franquias de alimentação também crescem
Um balanço da Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostrou que o segmento da alimentação teve faturamento total de R$ 168,36 bilhões em julho de 2017 até a mesma época de 2018. Os dados ainda revelam que as redes de alimentação ganharam R$ 21,544 bilhões no período, o que caracteriza um crescimento de 8,1% na receita do setor.
A queda da inflação e da Taxa Básica de Juros (Selic), o aumento dos índices de confiança do consumidor e da indústria foram alguns fatores que colaboraram com o crescimento.
E são grandes as expectativas para o mercado de food service em geral no ano de 2018. A culinária asiática, uma das mais tradicionais, corresponde a 9% do setor e cresceu 2% no faturamento em 2017, de acordo com a última avaliação da Pesquisa Setorial de Food Service da ABF.
Fonte: http://seafoodbrasil.com.br/