Relatório foi apresentado no Simpósio Internacional de Sustentabilidade da Pesca da FAO
Um estudo apresentado em 19 de novembro durante o Simpósio Internacional de Sustentabilidade da Pesca da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), realizado em Roma, Itália, revelou que os oceanos têm capacidade de fornecer seis vezes mais alimentos do que oferecem hoje, desde que sejam utilizados com responsabilidade. Conforme o Undercurrent News, a conclusão é do primeiro relatório de uma série de 16 Blue Papers: “The Future of Food from the Sea”, criados pelo High Level Panel para a sustentabilidade da economia dos oceanos. A proposta apresentada é que, se utilizados de forma sustentável, os oceanos poderiam fornecer mais de dois terços das necessidades futuras de proteínas ao planeta, e ainda haveria uma pegada de carbono muito menor em relação às outras proteínas. A maricultura também apareceu no estudo e foi apresentada como a área com maior potencial de crescimento. Christopher Costello, um dos autores do artigo, disse que o os oceanos apresentam um potencial inexplorado para auxiliar a alimentação humana nas próximas décadas. “E esse recurso pode ser realizado com uma pegada ambiental mais baixa do que muitas outras fontes de alimentos”. Ele também destacou a relação entre a saúde e a riqueza dos oceanos. “Se fizermos mudanças rápidas e de longo alcance na maneira como gerenciamos as indústrias baseadas no oceano, enquanto nutrimos a saúde de seus ecossistemas, podemos reforçar nossa segurança alimentar a longo prazo e os meios de subsistência de milhões de pessoas. ” Conforme o veículo, o relatório ainda afirma que, o desenvolvimento significativo da maricultura alimentada de maneira sustentável é tecnicamente possível, porém requer inovações em alimentos para animais, de modo que a produção não é limitada pela captura de peixes, e observou o potencial de escalar a produção para níveis semelhantes à agricultura terrestre. “Este é mais um relatório em que os frutos do mar são aclamados como resposta aos desafios ambientais e de saúde pública e apresentam um enorme potencial para uma indústria de frutos do mar sustentável e transparente”, disse Renate Larsen, CEO do Norwegian Seafood Council (NSC).
Fonte: http://www.seafoodbrasil.com.br/