O uso de probióticos na ração de tilápias em conjunto com a vacinação possui maior eficácia no controle de infecções nos peixes, com taxa de sobrevivência próxima de 98%
O Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolveu um protocolo que se mostrou muito eficaz no controle de infecções pela bactéria Streptococcus agalactiae, uma das principais doenças da piscicultura. A adição do probiótico à ração de tilápias em cultivo intensivo, juntamente à vacinação, aumenta a taxa de sobrevivência dos peixes em aproximadamente 98%.
O pesquisador do IP, Leonardo Tachibana, afirma que a S. agalactiae é uma das bactérias que possui maior prevalência em criações de tilápia no Brasil, causando altas taxas de mortalidade. Para combater a doença, os pesquisadores do IP combinaram a alimentação com a vacinação, “no experimento, alimentamos os animais com probióticos, adicionado à ração, durante 21 dias, após os quais procedemos a vacinação dos peixes e uma revacinação duas semanas depois. Passados mais 15 dias, realizamos uma infecção intencional com S. agalactiae para ver se as tilápias desenvolviam a doença”, explica o pesquisador do IP, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).
Os pesquisadores, relatam, ainda, que as medidas são promissoras e podem potencializar o controle e a prevenção de doenças, “os peixes alimentados com probióticos e vacinados tiveram uma taxa de sobrevivência muito boa, próxima de 98%, ao passo que os que foram apenas vacinados tiveram uma sobrevivência menor – ainda que bastante superior à dos grupos controle, sem vacinação” diz Tachibana.
Ainda de acordo com o pesquisador, a aplicação de vacina é um dos principais fatores para a diminuição no uso de antibióticos “quando você começa a fazer as aplicações, passa a depender cada vez menos dos antibióticos para tratar as doenças que acometem os peixes – assim como ocorre com outros tipos de criação animal. Apesar de serem a opção mais eficiente quando não há vacina disponível, sabe-se que o uso de antibióticos a longo prazo não é sustentável” afirma ele.
Fonte: https://www.canalrural.com.br