Presidente do CBNA e coordenador do comitê aquicultura, Ariovaldo Zani, realizará em 10 de maio o IV Workshop sobre Nutrição em Aquacultura
O presidente do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA) e coordenador do comitê aquicultura, Ariovaldo Zani, realizará em 10 de maio o IV Workshop sobre Nutrição em Aquacultura. O evento vai acontecer no formato presencial e também no ambiente virtual, para alcance daqueles participantes que ainda considerarem a modalidade necessária.
Ariovaldo, entusiasta do setor de produção e consumo de peixe afirma: “Apesar de solução nutricional absolutamente saudável, o brasileiro ainda consome pouco peixe. Outrossim, os crescentes investimentos em genética, a intensa integração ou verticalização da cadeia produtiva (principalmente tilapicultura), e a escalada na produção devem reduzir os preços ao consumidor e assim incrementar o consumo”.
Sendo assim, o programa do IV Workshop sobre Nutrição em Aquacultura está concentrado na apresentação e discussão dos mais recentes progressos científicos voltadas à nutrição de organismos aquáticos.
Para ele, entre os assuntos que mais preocupam o setor de aqua no Brasil está a pesada burocracia que acaba por atrasar as avaliações do impacto ambiental e em consequência a emissão da licença de funcionamento, além do incremento do custo da alimentação por conta dos preços proibitivos dos grãos e demais insumos importados e cotados em dólar.
Além disso, ele afirma que o câmbio desvalorizado atrapalha bastante porque a cadeia produtiva é muito dependente do suprimento externo de vitaminas, aminoácidos, enzimas, etc. e o estratosférico custo do frete.
Mas apesar das dificuldades, “a observação atenta ao desempenho da aquacultura brasileira permite reconhecer o sucesso alcançado por essa atividade industrial que, em 2021, produziu mais de 800 mil toneladas de peixes e superou 100 mil toneladas de camarões, segundo estatísticas da PeixeBR e da ABCC, respectivamente”, afirma Ariovaldo, que completa: “Na retaguarda, toda uma cadeia de suprimentos contribui decisivamente com o fornecimento de alevinos, juvenis, medicamentos, rações, dentre outros insumos empregados na atividade produtiva”.
Segundo Ariovaldo, a piscicultura continua sendo considerada bastante promissora e a consolidação tem sido impulsionada pelo sistema de produção verticalizado ou integrado que fomenta e respalda os cooperados desde a disponibilização dos grãos até a comercialização do produto.
Quando comparado às cadeias produtivas de proteína animal (carnes, leite e ovos), a aquicultura é atividade com início bem mais recente e que registra os maiores percentuais de crescimento quantitativo. Considerando a alimentação dos peixes de cultivo e dos camarões, de 2003 para cá, o consumo de rações industrializadas avançou à taxa média de quase 10% ao ano.
Vale lembrar: O Brasil é considerado o quarto maior produtor global de tilápias e a piscicultura continua avançando, principalmente no estado do Paraná (tradicional produtor de aves e suínos), onde prevalece o sistema de produção integrado, no qual o integrador fornece ração e assistência técnica ao produtor e, em seguida, recolhe o produto que é processado industrialmente e comercializado, inclusive internacionalmente. Além disso, os produtores verticalizados e independentes continuam povoando, motivados pela demanda consumidora.
Fonte: https://www.seafoodbrasil.com.br/