Durante quatro meses (fevereiro a maio), a Estação de Piscicultura da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), localizada no município de Nossa Senhora do Livramento (42 km ao Sul de Cuiabá), comercializou 600 mil alevinos de tambacu, pacu, tambatinga e pirapicu para 320 produtores rurais do Vale do Rio Cuiabá e região. Na última sexta-feira (11.05) foi encerrada a venda de alevinos e a próxima comercialização será no início de 2013.
O chefe da Estação, Antônio Claudino da Silva Filho, esclarece que o trabalho de desova dos peixes e a reprodução de algumas espécies de alevinos serão realizados na segunda quinzena de novembro de 2012, período em que as matrizes estarão aptas para reprodução. São produzidos alevinos para recria e engorda, disponibilizando toda tecnologia de reprodução das espécies para os piscicultores da região.
O produtor rural, João Alcir Reiner, possui 18 hectares de terra no Assentamento 21 de Abril, no município de Cuiabá, comprou mil alevinos, sendo 500 de tambacu e 500 de pirapicu. Na propriedade possui quatro tanques para criação e engorda de cinco mil alevinos, e trabalha com a piscicultura há quatro anos, e toda produção é comercializada nas feiras e em sua propriedade rural. Ele explica que comercializa os peixes por quilo e espécie, o tambacu e tambatinga são vendidos por R$ 7,00 e o peixe vivo R$ 6,00 o quilo. “Aproveitei o último dia de comercialização da Empaer para comprar os alevinos”, declara Reiner.
O pecuarista Milton Fiorenza possui uma área de 500 hectares, localizado na comunidade Faval, no município de Nossa Senhora do Livramento, começou a atividade o ano passado (2011), com 3,5 mil alevinos de tambacu e tambatinga. Ele possui três represas e lembra que a experiência não foi muito agradável, pois, uma das represas rompeu e muitos alevinos morreram. Mesmo com o problema conseguiu vender 1,5 mil alevinos e garante que a piscicultura é mais rentável que a pecuária de corte. Fioranza comprou na Estação da Empaer cinco mil alevinos de pirapicu e já pensa em ampliar a criação de alevinos para 10 mil.
Conforme Fiorenza, o retorno com a piscicultura é seguro, apesar do investimento inicial ser caro. Ele explica que investiu R$ 10 mil, num tanque de 80 metros de comprimento por 50 metros de largura, e quer fazer alguns ajustes, ou seja, adequar com tecnologia a criação em cativeiro para não faltar água. “Os alevinos da Empaer são de qualidade, com bons preços e ainda oferecem orientações para a criação e engorda”, ressalta Milton.
O médico veterinário, o aposentado José Monteiro, e sua esposa Maria Auxiliadora Monteiro possuem uma propriedade de 160 hectares, em Nossa Senhora do Livramento, e resolveram começar com a piscicultura adquirindo 500 alevinos, medindo de cinco a oito centímetros. Eles esperam acompanhar o crescimento dos peixes durante um ano e conferir os resultados, “Estamos empolgados com a nova atividade”, ressalta José Monteiro.
Os preços foram comercializados conforme o tamanho, alevinos medindo de 3 a 5 centímetros foram vendidos por R$ 120,00 o milheiro, 6 a 8 centímetros R$ 200,00 e de 8 a 10 centímetros por R$ 250,00. “Nosso preço é considerado o melhor da praça”, ressalta Antônio Claudino da Silva.
Fonte: http://www.odocumento.com.br