A presidente do Sistema CNA/FAET/SENAR participou do 5º Congresso da Sociedade Brasileira de Aquicultura e Biologia Aquática (Aquaciência)
“Este ano o Peixe é nossa maior prioridade. No ano passado a atividade movimentou U$ 600 bilhões/ano e queremos evoluir neste mercado”, afirmou a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET), senadora Kátia Abreu, ao participar do 5º Congresso da Sociedade Brasileira de Aqüicultura e Biologia Aquática (Aquaciência), hoje, 5/7, em Palmas (TO). Segundo ela, “o Tocantins tem todas as condições necessárias para ser um dos primeiros produtores de pescado do Brasil. Possui dois dos cinco maiores rios do País, a Embrapa Pesca e Aquicultura para desenvolver pesquisas e as condições climáticas necessárias”.
Segundo a presidente do Sistema CNA/FAET/SENAR, a piscicultura é a atividade mais rentável para o pequeno produtor. Pode render duas vezes mais do que o complexo soja, sete vezes maior do que a carne bovina e nove vezes maior do que a carne de frango. Mas, o que tem atrasado o desenvolvimento da atividade, não só no Tocantins, mas em todo o País, é a questão ambiental. “O piscicultor também é um ambientalista, é o maior interessado em manter a qualidade das águas, porque sem ela não tem como produzir”, explicou.
Ao falar sobre o Código Florestal, a senadora afirmou que serão necessários alguns ajustes na legislação ambiental, alterada por meio da MP. Uma de suas sugestões é a retirada do trecho da lei que traz benefícios para a aqüicultura somente em propriedades com até 15 módulos fiscais e o impedimento para a supressão da vegetação nativa. Na sua avaliação, o parágrafo 6º do Artigo 4º limita novos investimentos no setor da aqüicultura. “Não é possível construir tanques de piscicultura sem suprimir a vegetação existente”, afirmou a presidente da CNA. Para ela, o inciso III do mesmo artigo já vincula esses empreendimentos ao licenciamento ambiental, ocasião oportuna para se avaliar os impactos ambientais e determinar eventuais compensações.
Em 90 dias, o Sistema CNA/FAET/SENAR e seus parceiros, como o Ruraltins e a Embrapa, criaram a Licença Ambiental Única (LAU), considerada uma das mais modernas licenças para a piscicultura. A Embrapa capacitou 56 técnicos de várias instituições que serão os multiplicadores de toda a tecnologia desenvolvida. Também foi criada uma linha de crédito para o piscicultor com recursos na ordem de R$ 100 milhões. O próximo passo será a realização de um verdadeiro arrastão para licenciar cerca de mil piscicultores em todo o Estado.
O Tocantins possui cinco frigoríficos com Selo de Inspeção Federal que importam pescado de outros Estados, porque os produtores não estão licenciados. “Vamos mudar isso, vamos fortalecer a cadeia e as indústrias para que a atividade possa crescer”, afirmou a senadora Kátia Abreu.
Ela encerrou a palestra falando sobre a nova campanha da CNA e SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que terá Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, como estrela do Time Agro Brasil. Com lançamento previsto para o próximo dia 10 de julho, a campanha tem o objetivo de consolidar a imagem do agronegócio sustentável brasileiro no País e no exterior.
Estiveram presentes no evento na manhã desta quinta-feira, o chefe da Embrapa Pesca e Aquicultura Carlos Magono da Rocha Campos, a Superintendente do SENAR de Tocanints, Lourdes Hennemann, o Superintendente Geral da FAET, Pablo Tatim, o Secretário Executivo da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário, Ruiter Pádua e a Presidente do Ruraltins, Miyuki Hiashida.
O 5º Congresso da Sociedade Brasileira de Aquicultura e Biologia Aquática (Aquaciência) começou dia 01º e termina hoje. O evento está sendo promovido pela Sociedade Brasileira de Aquicultura e Biologia Aquática (Aquabio), em parceria com a Embrapa Pesca e Aquicultura.
Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br