Em 2014 o Brasil deverá estar produzindo 2 bilhões de toneladas de peixe, de acordo com a previsão do Plano Safra da Pesca, que disponibilizará R$ 4,1 bilhões para os pescadores aplicarem em investimento e pesquisa. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (26), pelo ministro da Pesca e Aqüicultura, Marcelo Crivella, ao participar do programa de rádio Bom Dia, Ministro.
Vamos transformar o Brasil numa potência na produção e pescado, segundo recomendação da presidenta Dilma Rousseuff, disse Crivella, referindo-se ao lançamento do Plano Safra da Pesca, nesta quinta-feira (25), no Palácio do Planalto.
Segundo o ministro, os recursos estarão à disposição dos pescadores nas agências do Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia, com juros abaixo da inflação, carência de três anos e prazo de pagamento de dez anos. As colônias, sindicatos, associações de pescadores e as Superintendências do Ministério da Pesca estão aptos a prestar todas as informações , esclarecendo dúvidas sobre a linha de crédito.
O Plano de Safra da Pesca desonerou tributos às indústrias do setor que, agora, recolhem apenas e equivalente a 1% sobre o valor do faturamento bruto anual, a título de impostos, taxas e contribuições.
Na Amazônia, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) compra todo o pescado na época da safra com preço mínimo garantido, afastando a ação dos atravessadores, iniciativa que, sendo exitosa, será adotada em todo o país, assinala o ministro. E mais: os órgãos públicos vão ampliar as compras de pescado, garantindo preço e renda razoáveis para os pescadores.
Para o ministro Marcello Crivella, dos R$ 4,1 bilhões do Plano Safra de Pesca, mais R$ 2 bilhões serão investidos em aqüicultura, financiando os pescadores dos rios, açudes, represas e barragens. Nosso objetivo é transformar os pescadores de canoas em aquicultores, produtores de tilápias, tambaqui, camarões, acrescentou.
Seguimos a orientação da presidenta Dilma Rossseff para quem governar é crescer, proteger e incluir, lembrou. O processo de desenvolvimento deve ser humano, beneficiando a grande maioria da população, destacou o ministro da Pesca e Aqüicultura, lembrando o discurso da presidenta na solenidade de inauguração da Usina Hidrelética de Estreito, divisa do Tocantins com o Maranhão.
Segundo ele, dos 1,07 milhão de pescadores registrados no Ministério da Pesca e Aqüicultura, metade recebe os benefícios do Bolsa Família e outros 380 mil estão no Brasil Sem Miséria. É um paradoxo, admite Crivella. Temos muita água doce e salgada e o Brasil ainda importa cerca de US$ 2 bilhões em pescado, principalmente de bacalhau salgado e salmão, enquanto exporta o equivalente a US$ 200 milhões (peixes exóticos, lagostas, camarões), observou ele.
Para o ministro o Plano Safra da Pesca viabilizará a produção de pescado nas águas internas do Brasil, ao financiar os projetos de aqüicultura dos pequenos e médios agricultores que, assim, ampliam a renda da propriedade, com a diversificação da produção.
O ministro também chamou a atenção para a observação do diretor da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Grazziano, segundo o qual o país deve ampliar a produção de pescado para atender não apenas o consumo interno, mas, também, o mercado internacional, porque a população mundial está aumentando e comendo mais proteínas.
Fonte: http://www.dinheironaconta.com