Apesar de todos os avanços e conquistas a produção de peixes em Mato Grosso ainda não consegue atender a própria demanda estadual
A produção regional é mandada para regiões como Bahia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Brasília, porém ainda se esbarra em uma série de gargalos para conseguir suprir o próprio mercado. Conforme a Associação de Aquicultores de Mato Grosso (Aquamat), várias dificuldades atingem a cadeia,entre as principais estão o licenciamento ambiental e o preço pago pela ração, que representa mais da metade do custo de produção do peixe.
A piscicultora Maria da Glória Bezerra Chaves, afirma que 70% do custo de produção da piscicultura é com a ação e produtores ainda enfrentam entraves para conseguir licenças ambientais. Por conta do aumento no preço do milho e farelo de soja no mercado interno, a alimentação animal ficou até 25% mais cara, chegando a R$ 32 a saca de 25kg. “Esse acréscimo não foi repassado ao consumidor,o produtor segurou. Precisamos de uma política voltada para os preços pagos pela ração”.
Outro ponto que a piscicultora avalia como imprescindível é a mudança no sistema da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para dar agilidade. Segundo a produtora, muitos criadores esperam há mais de um ano a realização da vistoria em sua área para obter a licença. “São poucos funcionários para muita requisição”. Ela destaca que devido as barreiras para se obter a licença ambiental obrigatória, há produtores rurais com área para tanque ou até mesmo aqueles que querem ampliar que não conseguem avançar devido a demora para obtenção do documento. “Isso impede até mesmo contratação de crédito, porque todos os bancos exigem a licença”. Ainda, de acordo com ela, Mato Grosso possui apenas três frigoríficos, o que trava a venda a outras regiões.
Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br/