Medida pretende renovar canaviais com mais de seis cortes
Promover a expansão da oferta de matérias-primas para a produção do etanol a fim de atender a capacidade industrial alcooleira instalada. Esta é uma das medidas prevista para as ações a serem implementadas em 2013 no setor sucroalcooleiro. Para atingir esta meta, o governo federal pretende recuperar a produtividade de parte do canavial com média abaixo da ideal, o que corresponde às canas de 6º corte ou mais, com um adicional de 15% da cana de 5º corte. Outra medida é atender a ociosidade média estimada das usinas de aproximadamente 16%.
Para a Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPAE/Mapa), também fazem parte do elenco das prioridades para o próximo ano, a organização e a capacitação da cadeia produtiva canavieira, investimento em pesquisas de matérias-primas para a produção de etanol, com resultados previstos para 2020. E ainda desenvolvimento de sistemas de cultivo de sorgo sacarino para a produção complementar de etanol, tendo como meta 100 mil hectares plantados no ano que vem.
O setor canavieiro do Brasil tem o desafio de atender a crescente demanda doméstica por etanol. De acordo com estudos da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), para responder a essa demanda, o Brasil precisará atingir uma produção, em 2020, de 1,2 bilhões de toneladas de cana-de-açúcar e 72,5 bilhões de litros de etanol. Para fins de referência, na safra 2012/13, a produção esperada de cana-de-açúcar deverá alcançar 595,13 milhões de toneladas, que produzirão 23,6 bilhões de litros de etanol e 37,66 milhões de toneladas de açúcar.
Espera-se que a representatividade do consumo do etanol no total da frota de veículos leves retome o patamar observado antes das recentes crises de safra canavieira. Para atingir os compromissos assumidos pelo País com relação à Convenção sobre Mudança do Clima, será essencial abastecer boa parte da frota de veículos do Ciclo Otto, com etanol, consolidando este biocombustível como principal fonte usada em substituição a parcela de gasolina.
Já para o setor do biodiesel, o desafio é a produção de matérias-primas em quantidade suficiente para responder às demandas estipuladas no Plano Decenal de Expansão de Energia para 2013, sem que haja competição com a produção de alimentos.
São estratégicos os investimentos em pesquisas de matérias-primas para a produção de biodiesel. De acordo com a SPAE, é necessário pesquisas em oleaginosas que possam substituir a soja como principal produto na produção do biodiesel, entre elas, culturas como a canola, pinhão manso e mamona.
Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br