Indígenas: Governo leva produção de peixes para aldeias

Expectativa é de que os primeiros dez tanques-rede do projeto, com capacidade para oito toneladas por safra, comecem a ser instalados até o final de julho

A meta é implantar unidades produtoras nas cinco aldeias que formam a Terra Indígenas Sete de Setembro, totalizando uma produção de 60 toneladas por safra. Serão três sistemas diferentes de produção: com viveiros escavados, em tanques-rede e no modelo “Race Way” (tanques revestidos com rápida renovação de água).

Na semana passada, o secretário-adjunto da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Social (Sedes), Adilson Júlio Pereira, esteve em visita à aldeia Lapetanha, onde foi recebido pelo cacique Almir Suruí. “Estamos iniciando este trabalho sob determinação do governador Confúcio Moura”, explica Adilson Júlio. “O governador e o líder indígena Almir Suruí são os responsáveis pelo nascimento desse projeto, que é totalmente inédito no Estado de Rondônia”.

O projeto faz parte da segunda etapa do Programa Água Produtiva, do Governo da Cooperação. A iniciativa terá o apoio do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Sebrae e Universidade de Rondônia. A coordenação ficará por conta da Sedes, através da Assessoria Especial para o Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura (Aedap).

Potencial

De acordo com técnicos do projeto, o potencial para produção de peixes nas terras indígenas é “extraordinário”. “As aldeias possuem todas as condições para implantação do projeto, ou seja, quantidade abundante de água e topografia levemente inclinada”, explica a bióloga Ilce Santos Oliveira, assessora especial da Aedap/Sedes.

Ainda de acordo com Ilce Rodrigues, as aldeias Suruí possuem um potencial extraordinário para piscicultura, resultado do meio ambiente preservado, com florestas nativas intocadas. A princípio, serão produzidas três espécies: tambaqui, pirarucu e jatuarana. “As aldeias apresentam escassez de peixes e, a partir desse projeto, os indígenas poderão suprir suas necessidades e ainda comercializar o excedente da produção”, completa.

Fonte:http://www.rondoniadinamica.com