O peixe Apaiari (Astronotus ocellatus Spix), também conhecido como Acará-açu, é um peixe brasileiro, de água doce, originário da bacia amazônica, de crescimento precoce e que pode atingir cerca de 1,5kg de peso. Este peixe apresenta uma característica muito importante, do ponto de vista comercial, que é o fato de sua carne ser muito saborosa, farta e quase não ter espinhos.
Este peixe, além de ser criado para consumo, também é bastante conhecido como peixe ornamental, sendo até mesmo exportado para diversos países do mundo. Entretanto, quando criado em aquários, que apresentam grandes restrições de espaço aos peixes, o desenvolvimento do Apaiari é bem menor, não ultrapassando 150g de peso e cerca de 12cm de comprimento, enquanto, na natureza ou em criações comerciais, em grandes tanques, como já mencionamos, pode atingir 1,5kg e mais de 25cm.
Devido às condições de seu habitat natural, a criação do Apaiari pode ser desenvolvida em, praticamente, qualquer região do Brasil. Seu cultivo é simples, por se tratar de um peixe bastante rústico, tanto quanto a carpa, por exemplo. O único cuidado que devemos ter, mais especificamente, é fornecer a esses peixes uma alimentação adequada, que favoreça o seu desenvolvimento.
A reprodução deve ser feita, preferencialmente, com animais adultos, com mais de 20cm e sempre saudáveis. O acasalamento ocorre, naturalmente, nos tanques nos quais cresceram. Depois, devem ser colocados nos tanques onde ocorrerão as desovas. Este tanque deve ser preparado de maneira apropriada, principalmente no que diz respeito à vegetação, que deve ser densa em, pelo menos, um terço da área, deixando o restante “limpo”.
Esta espécie é onívora, ou seja, “come de tudo”, o que facilita bastante sua alimentação em cativeiro. Deve ser fornecidos alimentos vivos, pequenos peixes, etc., além de rações balanceadas.
Devido à sua origem, da região amazônica, não se adaptam muito bem em regiões mais frias, como no Sul do Brasil. Entretanto, dependendo da localidade e, em alguns casos, de aquecimento da água, a criação também poderá ser desenvolvida nesta região. Estes peixes, como já mencionamos, são afetados negativamente pelas baixas temperaturas e, principalmente, pelas mudanças bruscas. Em temperaturas mais baixas, é comum que algumas doenças surjam, principalmente aquelas causadas por fungos. Entretanto, não são doenças consideradas graves e podem ser tratadas com certa facilidade.
Depois de adultos, a despesca deve ser feita com cuidado, levando-se em consideração que estes peixes têm o hábito de ficar mais para o fundo e em lugares “protegidos”. A operação de despesca deve ser realizada, de preferência, quando atingirem os 2 anos de idade.
Fonte: http://www.ruralnews.com.br