A piscicultura de Rondônia está entrando numa nova etapa, que em poucos anos deverá colocar a produção de peixes do Estado no topo do ranking nacional, a partir da criação em larga escala de pescados nos lagos das hidrelétricas Santo Antonio e Jirau.
Uma reunião promovida nesta quarta-feira (24) com representantes do governo de Rondônia, na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Social (Sedes), deu prosseguimento aos trabalhos que estão sendo executados.
Estiveram presentes o secretário-adjunto da Sedes, Adilson Júlio Pereira, a diretora de Águas de Domínio da União, do Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA), Aline Brun, o superintendente federal de Aqüicultura e Pesca do MPA em Rondônia, Jenner Bezerra de Menezes, e a coordenadora da Assessoria Especial para o Desenvolvimento da Aqüicultura e Pesca (AEDAP) da Sedes, Ilce Santos Oliveira. Também participaram representantes da Secretaria de Meio Ambiente (Sedam), prefeitura de Porto Velho, Federação dos Pescadores (Fepearo) e usinas Santo Antonio e Jirau.
No encontro, os representantes do MPA receberam os estudos técnicos formulados pelas usinas do Rio Madeira. O próximo passo do MPA será a execução dos estudos técnicos por parte do governo federal, que determinarão os locais onde serão implantados os parques aquícolas destinados à produção nos lagos das usinas.
Produção de Alevinos
A produção anual nesta área, segundo os pesquisadores, poderá atingir cerca de 100 mil toneladas de peixes por ano. O volume representa o dobro da produção atual de pescados em todo o Estado – hoje na faixa de 50 mil toneladas anuais e em forte crescimento.
“Toda essa produção deverá colocar Rondônia, em poucos anos, como primeiro produtor nacional de peixes em cativeiro do país”, avalia o secretário-adjunto Adilson Júlio, da Sedes. “O governador Confúcio Moura tem a piscicultura como uma das prioridades para o desenvolvimento do Estado”, ressalta.
De acordo com Ilce Santos Oliveira, coordenadora da AEDAP/Sedes, haverá forte economia de tempo e de recursos do Governo do Estado, uma vez que parte dos estudos necessários para implantação dos parques aqüicolas já foi realizada previamente pelos consórcios das usinas do Madeira.
A estimativa é de que a produção possa atingir uma área de aproximadamente 30 mil hectares de lâmina d´água, quando o projeto estiver completamente implementado. A área corresponde a cerca de 1% da superfície total do lago formado pelas usinas – que é o percentual autorizado de acordo com a legislação ambiental que trata dessa questão.
Fonte: http://www.rondonoticias.com.br/