O mapeamento do Lago Pracuúba, localizado na região dos lagos que compreende os municípios de Pracuúba,Tartarugalzinho e Amapá, é uma estratégia da Agência de Pesca do Amapá (Pescap) para evitar a extinção de espécies como o pirarucu e o tucunaré. Os peixes correm risco de desaparecer da região por causa da pesca predatória, segundo atestou o engenheiro de pesca Anderson Pantoja.
A ação pretende identificar a quantidade e a possibilidade de reprodução das espécies na região. “Fizemos um estudo onde os pescadores relataram que esses peixes estavam sumindo do lago Pracuúba. Porém, a prática de pesca é a mesma, com a ajuda de redes, mesmo sendo proibida por lei ambiental”, explica Pantoja.
A pesca para essas espécies deve ser feita com arpão, o que diminui a quantidade de filhotes que acabam sendo capturados com o uso de redes. Outro fator que contribui para o desaparecimento é a abertura de ‘varadouros’, que são novos caminhos abertos pelos pescadores para facilitar o escoamento da água, o que diminui a profundidade do lago.
Serão realizadas com os pescadores da região, orientações de manejo sustentável para garantir a perpetuação das espécies. Dados da Pescap atestam que em 2012 foram capturadas 25 toneladas de pirarucu.
O modelo que será aplicado com os pescadores é o utilizado em várias regiões da Amazônia, como na comunidade do Sucuriju, no município de Amapá. “Vamos motivar os pescadores a cultivarem os alevinos em cativeiro, além da transposição de espécies de áreas que secam no verão”, prevê o engenheiro de pesca.
Fonte: http://g1.globo.com