O manejo é o conjunto de práticas utilizadas para a exploração do cultivo. O bom cumprimento das técnicas de manejo se traduz, inevitavelmente, em maior rentabilidade no empreendimento.
Das técnicas de manejo do cultivo de peixes fazem parte a preparação dos viveiros, o condicionamento e transporte dos primeiros alevinos, o povoamento dos tanques-rede, alimentação, e despesca. A preparação dos viveiros consiste, basicamente, na calagem e nas adubações.
O processo de calagem é necessário quando a água do viveiro apresenta PH inferior a 7,0. Os produtos mais utilizados para isto são o calcário dolomítico e a cal viva. De uma maneira geral, em terras ácidas, utiliza-se 2.000 kg de calcário pôr hectare (ou 200g/m2) ou, no caso da cal, uma proporção de 1.000 kg/ha (também calculado pela fórmula l00g/m2).
Com a obra do viveiro pronta, espalha-se um dos produtos na proporção calculada pôr todo o fundo e laterais do reservatório. Depois da calagem, aguarda-se em média 15 dias para a adubação e o enchimento do viveiro. Ao contrário do que possa parecer à primeira vista, não são os peixes que consomem diretamente o adubo. A adubação dos viveiros, que pode ser orgânica ou inorgânica, tem a mesma finalidade que na agricultura.
Quando se aduba a água, há um maior crescimento do plâncton, que é o conjunto dos pequenos animais (zooplâncton> e vegetais (fitoplâncton) dos quais se alimentam a maioria das espécies. A principal adubação dos viveiros deve ser a orgânica.
Os adubos de melhor qualidade para a piscicultura são os estercos de aves e suínos, sendo também utilizados os estercos de bovinos e de outros animais. Podem ser utilizadas fezes frescas, mas os estercos curtidos surtem efeitos superiores. A adubação química (inorgânica) deve ser feita de forma complementar.
Em geral a água apresenta quantidade mínima de fosfato, pôr isso costuma-se utilizar a combinação fósforo-nitrogênio como nutriente auxiliar na produção de peixes.