Rio – O grandalhão da foto se chamava Epinephelus itajara e podia chegar a 400kg e 2m de comprimento. Mais conhecido como mero, era primo das garoupas, chernes e badejos, e costumava habitar as águas tropicais e subtropicais do Atlântico…
Para que esta história não passe a ser contada assim, no passado, o Projeto Meros do Brasil realiza trabalho de pesquisa e conscientização para a conservação da espécie, que está criticamente ameaçada e quase desaparecendo das águas brasileiras.
A última expedição do projeto não trouxe notícias boas. Apenas 30 destes peixões foram encontrados durante a série de 48 mergulhos científicos na costa do Paraná e de Santa Catarina, realizada durante dez dias no fim do ano passado. Na expedição anterior, em fevereiro de 2009, havia sido encontrado o dobro do número atual de meros nos mesmos locais.
O dado é muito preocupante, segundo o oceanógrafo Áthila Bertoncini, coordenador da equipe que realizou a expedição do Projeto Meros, que é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental.
Cerca de 20 dos animais avistados desta vez estavam nas proximidades da Ilha de São Francisco do Sul (Santa Catarina). De lá, haviam chegado denúncias de pescadores subaquáticos de que acontecera um extermínio devido à pesca ilegal, no início de 2012.
Desde 2002, o mero é protegido por lei no Brasil. Como é um peixe de crescimento lento, que atinge grande tamanho e vive em regiões rasas, torna-se muito vulnerável à pesca. Além disso é um animal que, apesar da imponência, é pacífico — não raro, permite a aproximação de mergulhadores, que chegam até a tocá-lo.
O Projeto Meros do Brasil teve como parceiros na expedição o Projeto Pró-Arribada, o Projeto Tamar e o Centro de Pesquisas e Gestão dos Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul do Brasil.
Fonte: http://odia.ig.com.br