O grande volume de água doce disponível coloca o Amazonas no topo da lista de regiões de grande potencial para a indústria de pescados. E essa posição privilegiada do Estado vem se consolidando, ao mesmo tempo em que a piscicultura se torna mais forte com o reaproveitamento de áreas devastadas pela pecuária ou pela prática de técnicas agrícolas, que empobreceram e degradaram o solo, como a coivara.
Em recente sobrevoo sobre algumas áreas alagadiças dos municípios de Rio Preto da Eva e Iranduba, constatei outro fato: o número de tanques para a produção de peixe em cativeiro simplesmente triplicou, se mantendo nas mesmas áreas antes degradadas e agora destinadas aos tanques já existentes, o que demonstra o sucesso do modelo adaptado para o Amazonas de um sistema de criação em tanques escavados.
Com programas como o Amazonas Rural pretendemos, entre outros avanços, fomentar as cadeias produtivas tradicionais, melhorar produtividade, proporcionar acesso ao crédito, facilitar o escoamento, garantir mercado, impedir a ação dos ‘atravessadores’ e melhorar competitividade dos produtos, oferecendo novas alternativas econômicas e mais oportunidade ao homem e à mulher do interior.
Ainda há muito a se avançar na piscicultura, mas o Estado tem feito a lição de casa criando parcerias, que resultarão na aplicação de R$ 1 bilhão, dos quais R$ 100 milhões são estaduais, R$ 200 milhões de parceiros públicos e o maior volume, cerca de R$ 700 milhões, da iniciativa privada. Por outro lado, a criação de peixe em cativeiro responde favoravelmente, já que no ano passado foram produzidas praticamente 17 mil toneladas, com Rio Preto da Eva liderando o ranking dos municípios que mais produzem, com 7 mil toneladas de pescado, mas a previsão de crescimento está chegando aos 15% este ano.
O Brasil passa por dificuldades e a economia não tem respondido como o esperado no setor industrial. Cabe a nós criarmos oportunidades para gerar emprego e renda no campo.
Fonte: http://blogs.d24am.com
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