A alimentação dos peixes é um fator que merece grande parte da atenção do piscicultor é a ração para os alevinos, ela representa, dependendo da tecnologia aplicada, de 60 a 70% dos custos da atividade na piscicultura, portanto o gerenciamento deste item pode representar a diferença entre o sucesso e o fracasso do piscicultor.
A Piscicultura Águas Claras vem acompanhando o desenvolvimento deste setor desde o inicio da década de 90, naquela época utilizávamos na alimentação dos peixes somente ração farelada tanto para alevinos como na engorda proporcionando um grande desperdício, lembro que uma das técnicas utilizadas era colocar a ração dentro de cochos ou tambores e mergulhar na água para tentar diminuir a dispersão, porém com o movimento dos peixes mais da metade da ração era perdida.
Neste mesmo período iniciou-se a difusão no Brasil o uso de rações extrusadas, que na época a produção era destinada a indústria pet, a partir de meados da década de 90 algumas indústrias começaram a produzir ração para peixes e com o surgimento e a popularização do pesque-pague a atividade teve o impulso que faltava. Nos anos seguintes assistimos um constante avanço no desenvolvimento do setor e um grande investimento por parte das indústrias no melhoramento da qualidade de seus produtos.
A piscicultura passa neste momento por outra transformação, a industrialização do pescado, com o aumento da demanda vira o aumento da eficiência produtiva na qual não terá espaço para desperdícios ou baixas produtividades. O piscicultor terá que se ajustar e implementar tecnologias de ponta para sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo, sendo assim, a ração, como já foi dito, um item de peso nos custos terá que cada vez mais ser melhor administrada e o piscicultor buscar mecanismos para mensurar sua eficiência produtiva.