Criação de tilápias pode ser barrada nos lagos de Serra da Mesa, em GO

Criação de tilápias pode ser barrada nos lagos de Serra da Mesa, em GO
Criação de tilápias nos lagos de Serra da Mesa pode ser barrada (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

A produção de tilápias nos lagos de Serra da Mesa, na região de Uruaçu, no norte de Goiás, pode ser barrada. Segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Cidades, Infraestrutura e Assuntos Metropolitanos (Secima), a licença ambiental para a criação da espécie ainda não foi autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Ainda segundo a secretaria, a espécie é exótica e não pertence às bacias dos rios Tocantins e Maranhão. Os produtores da região se dizem surpresos com a notícia e alegam que a produção, iniciada há cerca de dez anos, teve, inclusive, investimento do Ministério de Pesca e Aquicultura.

“Naquele tempo quando houve o investimento já se falava de tilápia. A gente já tinha documentos que comprovavam a existência de tilápia aqui na bacia, então a gente não fez nenhuma introdução de espécie que já existia aqui”, afirma o superintendente de Pesca e Agricultura de Uruaçu, Paulo Silveira.

A Secima e o Ministério da Pesca afirmam que vão consultar a Procuradoria-Geral do estado e o Ibama para tentar resolver o impasse.

Produção

Por meio de uma cooperativa de pescadores, Uruaçu tem sido um dos principais municípios responsáveis por desenvolver o projeto de piscicultura na região norte. Atualmente, o projeto tem 60 tanques-rede com capacidade, cada um, de produção de 500 quilos de peixe em cerca de seis meses.

A produção de tilápia gira em torno de cinco toneladas por mês. Ao todo, 30 famílias de produtores da agricultura familiar vivem e dependem exclusivamente dessa atividade. “Pensa um tanto de gente sem emprego, sem gerador de renda? Vai lá para a porta do governo para pedir, porque não tem alternativa”, reclama o presidente de pescadores Antônio Almeida.

“Hoje praticamente eu estou vivendo disso. Tenho 55 anos de idade, não tenho como trabalhar lá fora, aí é mexendo aqui. Se acabar isso aqui, o que eu vou fazer?”, questiona o piscicultor Salvador Almeida.

Fonte: http://g1.globo.com