A Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), entidade representativa da piscicultura nacional, analisa com cautela e relativo otimismo a decisão do governo dos Estados Unidos de elevar de 10% para 25% a tarifa de importação de pescado da China, inclusive de tilápia
A Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), entidade representativa da piscicultura nacional, analisa com cautela e relativo otimismo a decisão do governo dos Estados Unidos de elevar de 10% para 25% a tarifa de importação de pescado da China, inclusive de tilápia
A Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), entidade representativa da piscicultura nacional, analisa com cautela e relativo otimismo a decisão do governo dos Estados Unidos de elevar de 10% para 25% a tarifa de importação de pescado da China, inclusive de tilápia
“Temos de esperar o desfecho da negociação, mas é obviamente uma informação positiva para o Brasil, que vê com otimismo a possibilidade de ampliar a exportação de tilápia para o maior mercado consumidor do mundo”, ressalta Francisco Medeiros, presidente executivo da PEIXE BR. O dirigente, porém, explica que esse aumento das exportações brasileiras pode ocorrer a médio prazo.
“Os Estados Unidos são os maiores importadores de pescado do mundo, comprando mais de 50% de suas necessidades para atender o mercado interno. Somente de tilápia, importam 95% da espécie para atender às suas necessidades. As novas regras comerciais impostas aos chineses devem abrir oportunidades para outros mercados produtores, caso do Brasil. Temos produção de qualidade e alto valor agregado, com totais condições de contribuir futuramente com os norte-americanos”, afirma Francisco Medeiros.
Apesar de projeções otimistas, o presidente executivo da PEIXE BR afirma que é necessário o Brasil ficar atento aos desdobramentos da guerra comercial EUA/China. “Os países estão em tratativas sobre o assunto, podendo chegar eventualmente a algum acordo a médio ou longo prazo. Mas, diante do contexto atual, as perspectivas são positivas para nós e outros fornecedores de pescado”, pontua Medeiros.
Para Roberto Haag, CEO da Geneseas, muita atenção é necessária diante do atual contexto. “É uma mudança que traz impactos em várias dimensões, que precisam ser avaliadas com cuidado. Em princípio, tendemos a enxergar o aspecto positivo: aumento de competitividade dos produtos brasileiros. Mas precisamos nos ater também às reações dos diferentes mercados produtores, inclusive de outras proteínas animais”, analisa Haag.
Nicolas Landbolt, presidente da Tilabrás, ressalta que o momento é oportuno para a piscicultura brasileira mostrar sua força e eficiência aos norte-americanos: “Além do impacto dos preços, acredito que os americanos voltem os olhos para a compra de peixe com histórico de qualidade, como o do Brasil, e não somente da China. O momento é favorável e propício para mostrarmos o padrão superior de nossos produtos, como a tilápia, produzida em águas de qualidade, sem aditivos, e com garantia de origem. É importante, também, não ficar dependentes da discussão econômica e aproveitar o momento para fomentar nossa indústria de peixes de cultivo”, afirma Landolt.
Fonte: https://www.portaldoagronegocio.com.br