Depois de o Equador e a Colômbia registrarem a ocorrência do Vírus da Tilápia Lacustre (TiLV), em 2013 e 2016, a autoridade sanitária do Peru (Sanipes) confirmou em março a presença da enfermidade em duas regiões produtoras: Piura e San Martín.
Ambas as regiões registraram episódios de mortalidade massiva no fim de 2017 e em fevereiro de 2018. Embora não ofereça risco ao consumo humano, a doença é capaz de dizimar toda uma tilapicultura em poucos dias, o que tira o sono dos produtores brasileiros.
Atenta ao risco de chegada da doença ao Brasil, mas também aos perigos sanitários já existentes aqui, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) lançou duas publicações preparadas pela Comissão Nacional de Aquicultura da CNA.
O “Manual Técnico – Biosseguridade e resposta a emergência sanitária para a produção de animais de aquicultura” tem como objetivo orientar o produtor no processo de desenvolvimento das boas práticas de manejo nas propriedades aquícolas, principalmente para evitar a ocorrência de doenças nos plantéis.
A publicação aborda a descontaminação e destinação de material de risco em aquiculturas, emergência sanitária, repovoamento e medidas de biosseguridade para evitar reintrodução de patógenos e fundos indenizatórios, entre outros temas.
Já a publicação “Doenças de Animais Aquáticos de Importância do Brasil – Manual de Identificação no Campo” vai auxiliar os produtores envolvidos em maricultura, ostreicultura, piscicultura, carcinicultura e outros a reconhecer doenças de importância para a aquicultura nacional.
Nela, poderão ser encontradas informações sobre como notificar a ocorrência ou a suspeita de doenças e esclarecimentos sobre infecções específicas de moluscos, de crustáceos, de peixes e de anfíbios.
Conforme disse em nota o presidente da Comissão Nacional e Aquicultura, Eduardo Ono, a iniciativa da CNA vai disseminar informações relevantes para o setor produtivo com o foco nas doenças de grande abrangência. “Esses manuais vão contribuir para aumentar a competitividade e a segurança do setor aquícola brasileiro. O conteúdo tem linguagem acessível tanto para os técnicos como para os produtores facilitando a disseminação da informação”, afirmou Eduardo Ono.
Fonte: http://seafoodbrasil.com.br