A Embrapa Amapá receberá, de 15 a 20 de agosto deste ano, uma missão africana formada por pesquisadores de instituições da Nigéria que vêm conhecer pesquisas e experiências de produtores locais com cultivo de peixes. No último dia 31, o consultor Meite Hamadou esteve na Embrapa definindo a programação e fazendo os primeiros contatos com o chefe-geral substituto, Joffre Kouri e os pesquisadores Rogério Mauro Machado Alves, Eliane Yoshioka, Jamile Araújo e Marcos Tavares Dias. Na ocasião, Joffre Kouri informou sobre a estrutura das pesquisas de aquicultura e a equipe composta de cinco pesquisadores e colocou a Embrapa Amapá à disposição da missão africana. “Estamos estruturados com laboratórios, galpões de cultivos e atualmente em fase de construção de tanques escavados no Campo Experimental de Fazendinha”, acrescentou Kouri.
Meite Hamadou conheceu in loco os laboratórios da área de aquicultura da Embrapa Amapá, formados pelos ambientes de reprodução e larvicultura, nutrição de organismos aquáticos, limnologia (estudo da qualidade da água) e sanidade. Também foram visitados o galpão de cultivo, com a criação de tambaquis jovens, e a área de criação de filhotes de tracajás. A programação do precursor da missão africana também esteve no distrito da Fazendinha, onde visitou uma piscicultura, acompanhado pela pesquisadora Jamile Araújo e analista Daniel Montagner.
No local, a equipe da Embrapa e o consultor foram recebidos pelo proprietário Wagner Rodrigues, que colocou-se à disposição para receber os pesquisadores e fornecer todas as informações necessárias referentes à criação de peixes para comercialização. O gerente da piscicultura, Marcos Antônio Oliveira dos Santos, explicou o processo de criação e comercialização dos peixes e mostrou os tanques de criação, desde alevinos até os peixes adultos, prontos para a comercialização.
O consultor Meite Hamadou, nascido na Costa do Marfim e radicado no Brasil (São Paulo) há 20 anos, explicou que a agenda de trabalhos da missão africana ao Brasil acontecerá no período de 12 a 23 de agosto, sendo composta de 50 pessoas de nove países da África. Eles se dividirão em grupos para conhecer in loco experiências de pesquisas da Embrapa mandioca e Fruticultura, Embrapa Gado de Leite, Embrapa Gado de Corte, Embrapa Hortaliças, Embrapa Arroz e Feijão, Embrapa Amapá e Milho e Sorgo. Além dos técnicos do Banco Mundial também virão na missão africana um grupo de pesquisadores vinculados ao Conselho Oeste e Centro Africano para a Pesquisa e Desenvolvimento Agrícola, ao Programa Oeste Africano sobre a Produtividade Agrícola e ao Fórum para a Pesquisa Agrícola na África (Fara). Este último é uma organização que reúne e forma coalizões de principais interessados em pesquisa e desenvolvimento agrícola na África.
O Fórum complementa as atividades inovadoras de nacionais, internacionais e instituições de pesquisa sub-regionais para oferecer serviços mais ágeis e eficazes aos seus públicos de interesse, desempenhando um papel de defesa e coordenação para a pesquisa agrícola para o desenvolvimento. “Estas instituições africanas estão envolvidas conjuntamente. Isto demostra o grau de importância das missões, e de outro lado aqui no Brasil, a Embrapa com as suas Unidades de pesquisa identificadas para as visitas”, ressaltou Meite Hamadou.
Fonte: http://chicoterra.com/