Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira a criação de um programa de rastreabilidade de peixes e frutos do mar para combater a importação de produtos da pesca ilegal e garantir uma exploração sustentável destes recursos.
Esta iniciativa, considerada um grande passo para combater a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, busca identificar a origem dos peixes, os crustáceos e os produtos processados do mar que foram importados ao mercado americano.
Um terço do volume das importações anuais vêm do mercado negro, e representam até 2,1 bilhões de dólares, de acordo com um estudo publicado em 2014 pela revista Marine Policy.
“A rastreabilidade é uma ferramenta essencial para combater as atividades ilegais que ameaçam estes recursos naturais, aumentam o risco para a segurança alimentar global e castigam de maneira injusta pescadores e produtores de mariscos que respeitam as regras”, disse a subsecretária americano de comércio, chefe da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), Kathryn Sullivan.
“Pedimos à indústria pesqueira, ao comércio de produtos do mar, aos defensores do meio ambiente e a nossos parceiros internacionais que nos ajudem a criar um programa eficaz de rastreabilidade”, agregou.
O sistema proposto pela Comissão Nacional dos Oceanos para combater esse mercado ilegal, recomendado por um grupo de trabalho presidencial em 2015, reunirá dados sobre capturas, local de entrega em solo, cadeia de recolhimento e distribuição dos peixes e crustáceos.
Entre as espécies mais vulneráveis a esse tráfico aparecem o bacalhau do Atlântico e do Pacífico, as garoupas, a tainha, o salmonete, a dourada e diferentes espécies de atum e caranguejo.
Um mecanismo de certificação similar já existe para as capturas em águas norte-americanas.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br