O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) vai investir R$ 252 mil em ações voltadas ao melhoramento genético da tilápia, uma das principais espécies de peixe atualmente cultivadas no país, cuja produção cresce, em média 17% ao ano. Os recursos vão apoiar o projeto “Implementação de estratégias genéticas e reprodutivas para selecionar reprodutores de tilápias”, vencedor de Chamada Pública realizada, este ano, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/Ministério da Ciência e Tecnologia).
O objetivo do projeto é estudar diferentes linhagens de tilápia para o desenvolvimento de alevinos (filhotes) com elevada qualidade genética, visando a preservação e o aumento da produção nacional desta espécie de peixe. As pesquisas serão conduzidos pela Estação de Piscicultura Aquabel, que terá até outubro de 2016 para concluir os estudos. Os resultados do projeto serão utilizados na formação de pesquisadores universitários como também no desenvolvimento de novos produtos para a tilapicultura brasileira.
De acordo com o mais recente Boletim Estatístico do MPA, a produção oficial de tilápia ultrapassou 253 mil toneladas em 2011, mostrando crescimento sustentado: 155 mil toneladas em 2010; 133 mil, em 2009; e 111 mil toneladas, em 2008. “Um cenário tão positivo e promissor como este justifica a importância de se investir em ações voltadas ao melhoramento genético desta espécie”, analisa a secretária nacional de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura, Maria Fernanda Nince.
“A abundância de recursos hídricos e as nossas condições climáticas fazem do Brasil um país com grande potencial para a produção de tilápia. Esta é uma espécie que apresenta lucratividade compensadora e em curto prazo, além de já ser responsável pela geração de renda para muitos aquicultores”, completa Maria Fernanda Nince.
O projeto – O estudo “Implementação de estratégias genéticas e reprodutivas para selecionar reprodutores de tilápias” será acompanhado pelo MPA e o CNPq, responsável direto pelo gerenciamento dos recursos financeiros (transferidos do ministério para o conselho). O foco da pesquisa é conciliar as características produtivas da tilápia – como ganhos de peso e velocidade de crescimento dos alevinos – com as características reprodutivas do peixe (intervalo entre desovas e taxa de fertilização, entre outras).
Apoio ao conhecimento – A aquicultura ganhou um grande impulso no Brasil; especialmente, a partir deste ano. Ao tornar-se uma das prioridades do governo federal, as políticas públicas de desenvolvimento sustentável da atividade aquícola no país ganharam celeridade e resultaram em importantes avanços ao longo de 2013.
No decorrer deste ano, a Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura (Sepoa/MPA) promoveu diferentes ações para aumentar a produção nacional de pescado. Para apoiar a produção e disseminação de conhecimento e técnicas na produção aquícola, a Sepoa/MPA coordenou encontros e seminários envolvendo o setor produtivo nacional e internacional de pescado, firmou parcerias com universidades e instituições de pesquisa, difundiu estudos realizados por pesquisadores e cientistas de renome por meio de workshops, instalou unidades demonstrativas de produção aquícola e proporcionou visitas de técnicos do MPA a outros países, visando o intercambio de tecnologias.
Por meio de acordo de cooperação entre o MPA e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), foram produzidos 15 documentos técnicos voltados para a qualificação e capacitação técnica de vários aspectos da cadeia produtiva das principais espécies da aquicultura marinha. Além disso, a Sepoa, em parceria com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), implementou o Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Três Marias (MG) e o Centro de Referência em Aquicultura e Recursos Pesqueiros do Vale do Parnaíba (Ceraqua-PHB) da Bacia do Rio Parnaíba.
Fonte: http://www.mpa.gov.br