SÃO LUÍS – Próximo da realização da 19ª Semana do Pescado, que acontecerá de 1º a 15 de setembro em todo o País, Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) coloca o Maranhão no ranking de quinto maior produtor nacional de pescado, com a produção de 47.700 toneladas/ano, atrás apenas dos estados do Paraná (líder no país), São Paulo, Rondônia e Santa Catarina
Segundo a PEIXE BR, o Maranhão registra aumento de 6% na produção de pescado, sobretudo pelo crescimento do cultivo de pangasius, espécie é originária da bacia do Rio Mekong, no Vietnã, e que está se destacando nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Ano passado, o Brasil produziu 841.005 toneladas de peixes de cultivo (tilápia, peixes nativos e outras espécies), com receita de cerca de R$ 8 bilhões. Esse resultado representa crescimento de 4,7% sobre a produção de 2020 (802.930 t). Em seis anos, esse mercado acumulou aumento de 45,4%, segundo levantamento dados da PEIXE BR.
Para fomentar ainda mais a cadeia da produção de peixes cultivados no país, a Semana do Pescado será realizada em todas as regiões do Brasil. O evento, considerado pelo varejo como “segunda quaresma”, visa o aumento do consumo de produtos da pesca e da aquicultura, atividades que envolvem milhares de pessoas em todo país. A expectativa é o aquecimento do setor e atrair novos negócios.
Criada pelo extinto Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), a campanha incentiva consumo de pescado, rico em nutrientes, como forte aliado para a saúde, tendo impacto direto na economia brasileira. Na última edição da Semana do Pescado, ano passado, o segmento alcançou 30% de aumento no consumo em relação à edição de 2020.
“A Semana do Pescado deste ano pretende ser a maior, alcançando 100% dos estados brasileiros, com engajamento mais forte do setor varejista, além de incentivar produto no cardápio escolar, pois temos grande mercado com mais de 40 milhões de alunos”, comenta Altemir Gregolin, ex-Ministro da Pesca, presidente do IFC Brasil, e membro da Coordenação Nacional do evento.
Durante o evento, setores produtivos se unirão na ampliação da oferta de pescado. A organização da Semana do Pescado proporcionará diversas ações de impulsionamento nas indústrias, supermercados, restaurantes, feiras livres e outros pontos de venda no atacado e varejo, com eventos gastronômicos e afins para possibilitar maior acesso da população.
A Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (ABIPESCA) processa mais de 400 espécies de pescado, com mais 10 mil trabalhadores empregados diretamente no setor, além de 6 mil indiretamente. São mais de 400 milhões de dólares exportados anualmente, com crescimento de 10% na taxa anual de exportações.
Desempenho da produção de peixes por estado
– O estado do Paraná é o líder nacional de produção de peixes, com 172.000 toneladas em 2020 contra 154.200 toneladas no ano anterior. Um dos grandes destaques novamente é a tilápia, que cresceu 11,50% no estado. Uma explicação para estes excelentes resultados é o desempenho cooperativista, com incentivos à produção.
– Já São Paulo está na segunda posição, com crescimento de 6,90% em 2020 e o que explica esse avanço é a regulamentação ambiental nos últimos dois anos, além de ser um grande centro consumidor, o que atrai investimentos.
– O bom desempenho dos peixes nativos coloca Rondônia em terceiro lugar, mesmo tendo recuado 4,80% em 2020. O volume (65.500 toneladas) ainda é bem acima do quarto colocado que é Santa Catarina, cuja produção cresceu 3% e atingiu 51.700 toneladas.
– No Maranhão, quinto maior produtor de peixes em 2020, o crescimento foi de 6% e alcançou 47.700 toneladas no ano, com aumento da produção de pangasius.
Fonte: https://www.aquaculturebrasil.com/