Unidade será inaugurada ano que vem em Itaporã
O Mato Grosso do Sul espera para 2022 a primeira indústria frigorífica de pescados que irá produzir tilápia enlatada no Brasil. O empreendimento será construído em uma área de 73 hectares no município de Itaporã, sul do Estado, conhecida como “Cidade do Peixe”.
O investimento total é de R$ 20 milhões, com previsão de geração de 120 empregos por turno, sendo que, no auge da produção, a indústria deverá funcionar em três turnos. O anúncio foi feito neste mês pelo governador Reinaldo Azambuja e pelo diretor executivo da Indústria de Pescado Frescomares, Márcio Rabello.
A Frescomares já atua em atua em Itajaí, Santa Catarina e Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Incentivo para a piscicultura
Atualmente Mato Grosso do Sul é o maior exportador de tilápia do país com US$ 5,8 milhões exportadas no ano passado e quinto maior produtor nacional da espécie, com 29 mil toneladas, de acordo com Anuário da Piscicultura 2021.
O Estado tem investido na atividade por meio do Programa Estadual de Fortalecimento da Cadeia Produtiva do Peixe (PROPEIXE), lançado em outubro. O objetivo é a simplificação de normas e procedimentos além da adequação da carga tributária sobre o produto visando maior competitividade. O programa ainda prevê o apoio à viabilidade de crédito e recursos financeiros ao setor e premiação para os produtores.
Também no município de Itaporã, o Grupo Pluma anunciou em outubro do ano passado a criação da primeira integradora de peixes do Mato Grosso do Sul. Será feita a ampliação do frigorífico no município, instalação de uma fábrica de ração e a integração com os produtores, para que sejam inseridos na cadeia produtiva. O investimento previsto é de R$ 100 milhões até 2024, quando deve chegar a 200 empregos diretos e 600 indiretos no município. A previsão é produzir alevinos, ração e trabalhar com peixes de tanque e redondos, com alta tecnologia.
A partir do programa o Governo espera chegar a produção de 36 mil toneladas de peixe em 2021, aumentando a capacidade de processamento para 37 mil toneladas no ano que vem. Também pretende chegar a utilização de 70% da capacidade instalada da indústria local em 2021, saindo dos atuais 58%.
Fonte: https://www.agrolink.com.br/