Em uma aventura no Pantanal, a equipe do Terra da Gente foi atrás de gigantes d’água. As expectativas eram grandes, já que no rio Paraguai vivem peixes que são considerados tesouros dos pescadores. Mas logo que chegaram ao município de Cáceres, uma surpresa. A chuva e o frio do inverno pareciam ter tomado conta da região que registra com frequência temperaturas em torno de 37°C. As questões climáticas muitas vezes acabam interferindo no comportamento do peixe e o frio parece afastar os gigantes.
“Especialistas dizem que quando há uma mudança na temperatura o peixe capta e percebe a alteração e acaba adaptando o metabolismo ao clima”, observa o repórter André Natale. “Por isso, quando a água está fria é um desafio fisgar, pois o peixe não quer comer.”
O piloteiro Tino resume o comportamento dos peixes na seguinte frase: “Quando está frio e chovendo a gente não quer ficar na cama? Então, com peixe também é assim.”
Mas o tempo frio não tirou a esperança do time, conhecedor das águas do Paraguai. Tino apostou que seria possível, sim, encontrar os peixões. Bastava para isso ir ao lugar certo.
“Eu estava confiante, botei fé nas palavras do Tino. Ele disse que conhecia um trecho do rio em que a água estaria mais quente de manhã e fomos direto para lá”, lembra Natale.
Bem cedo, às cinco horas, os pescadores começaram a navegar pelos corixos, canais ligados às águas de baías. E foi nesse cantinho que os gigantes começaram a aparecer. Foi fisgada atrás de fisgada. Com tuvira e traíra na ponta do anzol, a equipe conseguiu pegar pintado, cachorra e até dourado. E uma família de ariranhas apareceu para competir com os pescadores. Para alegria da equipe, a chuva não espantou os peixões. Pelo contrário, choveu peixe.
Fonte: http://g1.globo.com