Associação Brasileira de Piscicultura também enxerga Israel como potencial consumidor do peixe brasileiro
A Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR) informou neste sábado (4/4) que onze plantas em nove estados estão habilitadas para exportação de tilápia para a China. O peixe de cultivo e seus subprodutos já têm ganhado espaço no mercado, registrando aumento de 19% nas vendas externas em 2019 em relação ao ano anterior.
“Com a habilitação, temos a oportunidade real de enviar nossos produtos para um grande mercado consumidor, que tem sido o principal destino das exportações brasileiras. Trabalhamos constantemente para melhorar os nossos processos, eliminando possibilidades de falha ou irregularidade de fornecimento”, avalia Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR.
O Brasil é o 4º maior produtor de tilápia do mundo e a produção de peixes de cultivo avançou 4,9%, chegando 758.006 toneladas no ano passado. Em termos de valor em dólar, os filés são os principais produtos de tilápia exportados, chegando a 57% do total. Já em toneladas, os subprodutos, como peles, escamas, óleos e farinhas, têm maior peso, representando 80% do volume em toneladas.
As empresas habilitadas para exportação de tilápia para a China são Copacol (PR), Netuno (BA), Trutas NR (MG), Vitalmar (SC), Global Food (SP), C.Vale (PR), Zaltana (RO), Frigopesca (MT), Lakes Fish (GO), Pescado DuVale (RO) e Bem Bom Pescados (GO).
Oportunidade de mercado
Quem também está na mira para as exportações de tilápia é Israel. De acordo com a Peixe BR, o país costumava importar tilápia da China, mas o número de pedidos ao Brasil se intensificou depois da pandemia de coronavírus.
“Israel aceita como pré-requisito sanitário os padrões estabelecidos pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Além disso, já possui modelo de Certificado Sanitário Internacional acordado com o Brasil. Nosso pleito é que o MAPA solicite às autoridades israelenses que aceite a alteração do pré-requisito de habilitação do Brasil pela União Europeia (regra atual) para os Estados Unidos, bem como a adoção do modelo de certificado sanitário brasileiro”, explica Medeiros.