Peixes da Amazônia reaviva esperança de produtor em continuar criando alevinos

Peixes da Amazônia reaviva esperança de produtor em continuar criando alevinos

Maximiano Reis trabalha com produção de peixes há mais de 17 anos, mas estava decidido a parar de criar os alevinos, porque o negócio não estava mais dando o retorno esperado. Foi então que ele conheceu a Peixes da Amazônia – Complexo de Piscicultura do Acre. “Eu ia parar de mexer com peixe, porque não estava mais tendo lucro, aí eles apareceram, me ofereceram um negócio direitinho e agora me animei e vou continuar”, conta.

Atualmente, ele é o maior produtor de pirapitinga da região. E só para a Peixes da Amazônia já vendeu cerca de 40 toneladas em menos de três meses de parceria. Dessas, 12 foram retiradas na despesca (processo de retirada dos peixes dos tanques/açudes e sua armazenagem para procedimentos de comercialização) desta segunda-feira, 27.

A despesca foi acompanhada de perto pelos colaboradores do Complexo e o produto vai ser exportado para o país vizinho, Peru. “É um peixe que estamos começando a trabalhar com ele agora, não é muito comercializado no Acre, mas já estamos exportando para os peruanos”, explica Donizete Silva, do setor de Planejamento Industrial da Peixes da Amazônia. O mercado andino é um dos grandes clientes da empresa amazônica.

Silva explica que a relação comercial entre a indústria acreana e o produtor é uma via de mão dupla, porque ao mesmo tempo que o criador contribui com o abastecimento da piscicultura e consequente exportação, o complexo ajuda o criador a ter um destino certo para a venda de seus produtos. “Além também de incentivar outros produtores a fazerem parte do projeto”, destaca.

Ampliar o negócio

O novo e maior cliente empolgou Reis, que já sonha em abrir mais tanques para produzir em larga escala. “Eu estou produzindo em torno de 150 mil quilos de peixe por ano, agora, eu quero passar pra 200, 250”, enfatiza ao destacar que trabalha com outras espécies, mas o ponto alto da produção é a pirapitinga.

A boa notícia é que, segundo Silva, apesar de a pirapitinga ser um segmento novo no mercado da piscicultura local e não ter uma cultura forte como a do tambaqui e o pintado, é um nicho com grande capacidade de expansão. Principalmente, porque já é exportada para outro país. Ou seja, já tem um público consumidor.

Reis é natural do Paraná, mas vive no Acre há mais de 40 anos. Sua propriedade, conhecida como Agropecuária Alvorada, fica localizada no KM 50, na estrada que liga Brasileia a Assis Brasil. Além de pescado, o produtor trabalha com a criação de gado.

Peixes da Amazônia

A industria de pescados Peixes da Amazônia atende o comércio local e abastece ainda o mercado de outras regiões do país. Atualmente é um dos mais completos complexos de piscicultura brasileiros, unindo fábrica de ração, laboratório de reprodução de alevinos e frigorífico de filetagem num só espaço.

Fonte: http://www.oriobranco.net/