A experiência com o peixe ocorre graças a um projeto de irrigação que usa energia fotovoltaica
Um projeto de energia fotovoltaica implantado para beneficiar com irrigação pequenas propriedades de um assentamento na região do PAD-DF está proporcionando nova experiência a quatro dos sete produtores atendidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater): a criação de tilápia.
Acompanhada pelos técnicos da empresa, essa atividade representa uma nova fonte de renda para os pequenos produtores locais. O projeto de irrigação teve início em 2020 e custou R$ 150 mil, dos quais R$ 100 mil foram destinados por emenda parlamentar da deputada Arlete Sampaio.
Uma das produtoras que está apostando na criação de tilápia é Ruti Urias Rosa, que desde 2009 vive na região do PAD-DF. “Foram feitos oito tanques, um em cada uma das sete glebas, mais um comunitário, que distribui água para as propriedades”, conta. Os canais de irrigação foram construídos pela Secretaria de Agricultura (Seagri) e pela Emater.
“Como não tínhamos água, o projeto de energia fotovoltaica foi projetado para irrigação; a partir daí veio a ideia da criação de tilápias”, lembra Ruti. Há quatro meses, ela adquiriu 500 alevinos (peixes que acabaram de deixar a fase de larva) e, para cuidar, conta com a consultoria da Emater. “Colocamos os alevinos aqui para o futuro consumo familiar, mas tenho o sonho de vender o que sobrar.”
Custos
Na última avaliação feita na propriedade de Ruti, o extensionista da Emater Maurício Gonçalves constatou que o maior custo na produção é com ração dos peixes – pode chegar a R$ 450 por mês. Mas o negócio compensa, aponta ele: “A criação de tilápia é uma atividade que pode ser lucrativa”.
Mauricio visita os produtores de peixes no assentamento, duas vezes por semana, para avaliar o projeto. Ele pensa agora em construir mais tanques para as propriedades que estão cultivando tilápia e também em adquirir um aerador, que oxigena a água e melhora a saúde do peixe.
Segundo o gerente substituto do escritório do PAD-DF, Gilmar Batistela, as placas de energia fotovoltaicas foram instaladas para que uma bomba pudesse puxar a água de um afluente do Córrego Taquari Amarelo para o assentamento, em uma distância de dois quilômetros. “Desse reservatório, é feita a distribuição para as sete propriedades”, explica.
Fonte: Agência Brasília