Através de uma iniciativa da COOPERARINOS, em parceria com o SEBRAE, com o apoio da Secretaria de Agricultura de Juara, piscicultores cooperados e técnicos da Secretaria de Agricultura do município, participaram da Feira Nacional do Peixe Nativo, que aconteceu em Cuiabá entre os dias 16 e 18 de outubro.
Para a presidente da COOPERARINOS, Tania Waldolf Schneider, o evento possibilitou novas informações e uma importante atualização de técnicas e conhecimentos para os piscicultores do Vale do Arinos, associados da Cooperativa.
Com palestrantes renomados nacional e internacionalmente, na atividade de aquicultura, o evento reuniu cerca de 1000 pessoas do país inteiro, além da Colômbia.
Para o Secretário de Agricultura de Juara, Kidney Franklin, ficou bem claro e definido que a atividade de piscicultura não é mais uma atividade de moda e sim uma atividade que veio para ficar e gerar renda, desde o pequeno até o grande produtor.
“A piscicultura será uma atividade que crescerá vertiginosamente nos próximos anos, isso ficou comprovado com os estudos apresentados durante esse evento. Caberá aos produtores que estão entrando na atividade se profissionalizar para conseguir obter o retorno financeiro”. Declarou Kidney.
Os produtores da comitiva de Juara, perceberam que, como toda atividade nova, existem dificuldades no início, mas estão sendo superadas pelos mesmos, devido a persistência, união e liderança, resultado dos trabalhos desenvolvidos pela COOPERARINOS a cerca de dois anos.
Mato Grosso caminha para ser o maior produtor de pescado do Brasil, onde, de acordo com dados da EMBRAPA, o consumo médio do brasileiro subiu de 6,71 kg/habitante/ no ano 2000, para 9,03%/kg/habitante no ano de 2009. O recomendado pela OMS é de 12/kg/habitante ano.
Em um levantamento estatístico inédito realizado pelo IMEA sobre a atividade em Mato Grosso e apresentando durante o evento, dados comprovaram 56% dos produtores que ingressaram na atividade de piscicultura no estado estão a menos de 05 anos, demonstrando assim que a atividade é muito nova em MT. Outro dado interessante apresentado pelo IMEA é que sobre o consumo da carne de peixe ainda é pequena, com uma gigante possibilidade de crescimento, onde de acordo com os dados apresentados resultados de uma entrevista com consumidores, 71% deles preferem o consumo da carne bovina, 24% preferem a carne de aves e somente 3% preferem a carne de peixe, demonstrando assim o enorme potencial de crescimento da atividade para fornecer o produto ao mercado consumidor.
Kidney Franklin acredita que a atividade de piscicultura será em breve uma nova fonte econômica para o município, devido a vários fatores, entre eles, o processo de organização através da Cooperativa, para os produtores que vão explorar a atividade de forma profissional.
“A potencialidade do município devido ao potencial hidrográfico da região; Como também as áreas de tem potencial para exploração dentro das propriedades no município, não será necessário utilizar áreas consolidadas destinadas a pastagens ou a lavoura, pois normalmente as áreas utilizadas para exploração da atividade, são áreas consideradas já degradadas, o que possibilitará assim um consórcio entre várias atividades de exploração”. Finalizou o secretário.
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