Considerando o 2º trimestre, avanço nas vendas internacionais foi de 83% em relação a igual período de 2020 e de 22% frente ao trimestre anterior
As exportações brasileiras de peixes de cultivo, lideradas pela tilápia, cresceram 158% em junho em comparação ao mesmo mês do ano passado. Considerando o 2º trimestre (abril a junho), o avanço nas vendas internacionais foi de 83% em relação a igual período de 2020 e de 22% frente ao trimestre anterior. O faturamento nesse período atingiu US$ 3,9 milhões. O Paraná superou Mato Grosso do Sul e assumiu a liderança nas exportações de tilápia. Santa Catarina vem em terceiro lugar e a Bahia em quarto. Entre os clientes da tilápia brasileira, os Estados Unidos lideram, seguido por China e Chile.
Os dados são do Ministério da Economia, elaborados pela Embrapa Pesca e Aquicultura. A divulgação é feita em parceria com a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR).
O resultado acumulado do 1º semestre também é expressivo. No total, foram US$ 7,2 milhões em receita, com aumento de 35% sobre janeiro a junho de 2020. Destaque para produtos de tilápia, especialmente filé fresco e congelado, que representaram 84% das vendas internacionais. Estados Unidos (45%), China (13%), Chile (13%) e Colômbia (12%) foram os maiores compradores dos peixes brasileiros.
Em termos de produtos de tilápia, o filé fresco apresentou maior volume (US$ 927 mil), porém com queda em comparação ao semestre anterior (-15%). As exportações de filé de tilápia congelado aumentaram 305% no semestre, atingindo US$ 395 mil. Destacam-se também o forte crescimento das exportações de tilápia inteira fresca (402%) e congelada (232%).
“Trata-se de um resultado muito positivo”, diz Francisco Medeiros, presidente executivo da Peixe BR. “Se levarmos em consideração a pandemia e as restrições indevidas de entrada de nossos peixes de cultivo na União Europeia, o desempenho das exportações é satisfatório, pois mostra as empresas brasileiras atentas não apenas ao abastecimento do mercado doméstico mas também ao comércio global, buscando certificações internacionais, além da utilização de drawback e nossa parceria internacional com a Apex-Brasil”, assinala Medeiros, destacando as intensas negociações da Peixe BR com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para buscar a liberação das vendas para os países da UE, interrompidas devido a uma restrição à pesca extrativa, que impacta a piscicultura.
Fonte: https://opresenterural.com.br/