País já é o 4º maior produtor mundial da espécie
Dados divulgados pelo anuário da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR) revelam que a tilápia encabeça a lista dos peixes de água doce mais produzidos no Brasil. No ano passado, foram 400.280 toneladas, 11,9% a mais que em 2017.
A produção ajudou o setora ter alta de 4,5% na produção em 2018, alcançando um faturamento de R$ 5,067 bilhões. Além disso, o país se tornou o quarto maior produtor de tilápias do mundo, atrás da China (1,86 milhão de toneladas), Indonésia (1,25 milhão de toneladas) e Egito (860 mil toneladas). A produção brasileira representou 6,67% do total global.
“O crescimento na tilápia é significativo e creio que, nos próximos anos, será ainda maior. Vemos uma manutenção da tendência de anos anteriores nesse mercado”, diz o presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros.
“O crescimento na tilápia é significativo e creio que, nos próximos anos, será ainda maior. Vemos uma manutenção da tendência de anos anteriores nesse mercado”, diz o presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros.
Exportação
Segundo a Associação Brasileira de Piscicultura, os cinco estados líderes em produção desse pescado são Paraná (123 mil toneladas), São Paulo (69,5 mil toneladas, Santa Catarina (33,8 mil toneladas), Minas Gerais (31,5 mil toneladas) e Bahia (24,6 mil toneladas) qu,e juntos produzem cerca de 70% de toda tilápia nacional.
Conforme a Secretaria de Comércio Exterior e Serviços (Secex), no ano passado, o Brasil exportou 32,4 mil toneladas em 2018 – uma retração de 2,94% em relação ao ano anterior.Ainda assim, segundo a o mercado externo rendeu US$ 136 milhões ao setor, sendo que US$ 5,5 milhões vieram da exportação de tilápias, espécie responsável por 55,4% da produção total de peixes do país.
“Houve uma redução nos preços pagos pelo filé, mas o câmbio acabou compensando. O mercado externo, para quem estava pronto, foi ótimo”, analisou Medeiros.
Consumo interno
No Brasil, a tilápia é o pescado mais vendido no varejo, sobretudo nos Estados do centro-sul. Porém, o consumo per capita da espécie, que não chega a 2 quilos por ano em todo o território nacional, indica potencial de crescimento para a atividade. Medeiros acredita que, até 2022, o setor esteja registrando taxas de crescimento em torno de 20% ao ano.
Fonte: https://www.destakjornal.com.br