FDA concluiu que o animal “não produz impacto significativo” no ambiente
A agência Food and Drug Administration (FDA), dos EUA, anunciou em dezembro que o salmão geneticamente modificado produzido pela empresa AquaBounty “não produz impacto significativo” no ambiente. A decisão abre caminho para a aprovação do primeiro animal transgênico para consumo humano nos Estados Unidos.
Segundo o órgão regulador, o salmão é “tão seguro como alimento quanto o salmão do Atlântico convencional”. Desde o final de dezembro a avaliação de impacto ambiental está aberta, por 60 dias, para comentários do público. A possível aprovação do peixe transgênico, no entanto, ainda poderá levar meses. Em setembro de 2010, a FDA já havia anunciado que esse salmão era seguro para o consumo humano. Um comitê de especialistas externo incumbido de analisar os estudos concordou com as conclusões apresentadas pela agência.
Desenvolvido pela empresa de biotecnologia AquaBounty Technologies, de Waltham (Estado de Massachusetts), o salmão do Atlântico transgênico (Salmo salar) recebeu o nome comercial de AquAdvantage Atlantic. O salmão da AcquaBounty fica pronto para o abate duas vezes mais depressa que o salmão do Atlântico e foi desenvolvido para ser criado em cativeiro.
Segundo a empresa, a diferença é a inserção, no genoma da variedade convencional, de uma cadeia de DNA formada por sequências de nucleotídeos (ATCG) que regulam a produção de uma proteína anticongelamento pelo peixe, vindas do peixe-carneiro-americano (Macrozoarces americanus), e sequências do gene do hormônio de crescimento do salmão-rei (Oncorhynchus tshawytscha); com isso, a produção do hormônio de crescimento não diminui no inverno. Apesar de atingir a maturidade mais cedo, o AquAdvantage Atlantic para de crescer ao atingir o tamanho adulto do salmão do Atlântico encontrado na natureza.
Fonte: http://revistagloborural.globo.com