pesquisa de melhoramento genético da tilápia-do-nilo executado pelo Epagri
Santa Catarina irá investir R$ 1,3 milhão no melhoramento genético de tilápia de forma que a espécie se torne mais adaptada ao cultivo no Estado. A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural fará o aporte para dar continuidade à pesquisa de melhoramento genético da tilápia-do-nilo executado pelo Centro de Desenvolvimento da Aquicultura e Pesca (CEDAP/Epagri), em Itajaí.
Em nota, o secretário de Estado da Agricultura, Ricardo de Gouvêa, classificou o projeto como “uma demanda antiga dos piscicultores de Santa Catarina” que pode ter um grande impacto no agronegócio local. O pesquisador da Epagri/Cedap, Bruno Correa, explica que a pesquisa irá selecionar tilápias com maior crescimento e melhor desempenho nas condições de cultivo e clima de Santa Catarina.
A partir dessa seleção serão formadas as matrizes, que serão disponibilizadas para os produtores de alevinos. Durante três gerações de seleção, a Epagri acredita que a linhagem denominada GIFT-Epagri, possui um potencial superior de pelo menos 15% para ganho de peso em relação ao animal introduzido no estado em 2011. Com o aporte, serão acasalados os animais selecionados da terceira geração para formação de sete populações. Mil alevinos de cada população serão cultivados e após nove meses de cultivo (fevereiro a outubro) serão selecionados para peso final um total 210 tilápias (30 por população).
Os animais selecionados serão marcados com microchip e caracterizados geneticamente através de marcadores microssatélites. Também serão realizados dois experimentos em viveiros escavados para avaliação do desempenho zootécnico das progênies da quarta geração comparada com as progênies das gerações anteriores, e a avaliação do crescimento das progênies em laboratório em nas temperaturas de 22 e 28°C. Além disso, o projeto irá disponibilizar cerca de 30 mil matrizes de tilápia, onde estas serão amostradas para identificação da presença ou não dos seguintes patógenos:
Streptococcus agalactiae e Francisella noatunensis.