A chamada revolução azul não é tão explosiva quanto as outras. Sem fazer alarde, vai-se implantando aos poucos e ocupando espaços. Revolução azul é o nome que se deu ao crescimento da produção de pescados, numa alusão à revolução verde, do final da primeira metade do século passado, que multiplicou as colheitas com novas tecnologias,
especialmente os fertilizantes.
No Brasil, a criação de tilápias é o movimento mais importante da revolução azul. A liderança na produção já foi ocupada por vários estados, e atualmente está no Nordeste.
O mais importante, porém, é que em nenhuma região a produção encolheu. Novas áreas de cultivo, com novas tecnologias, fizeram com que outras regiões passassem a produzir mais.
A novidade tecnológica de maior destaque atualmente é o aperfeiçoamento dos sistemas de produção em tanques-rede de grandes volumes, também conhecidos como plataformas. Houve ajustes na densidade de estocagem de peixes, avanços na nutrição e a adaptação de um modelo importado: o tanque-rede feito de polietileno de alta densidade (PEAD) com volume de 240 m3. Trata-se do mesmo equipamento utilizado no cultivo do salmão no Chile.
A atividade também vem se expandindo geograficamente. Novos corpos de água vêm sendo explorados em diferentes regiões. Os locais preferidos são aqueles em que as temperaturas não caiam muito no inverno. Esse é o motivo da expansão da atividade em Goiás, Minas Gerais e no Nordeste.
Fonte: http://www.abracoa.com.br/