Na oportunidade, o coordenador geral da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Osmar Redin, falou que a secretaria acompanha o trabalho dos piscicultores do Estado e chega às propriedades rurais por meio da Emater. “O mercado para a piscicultura é muito grande e precisamos trabalhar essa atividade como prioritária nas propriedades, para que possamos garantir ao consumidor um produto com qualidade o ano todo”, frisou.
No início da programação, o diretor do Departamento de Desenvolvimento Agrário, Pesca, Aquicultura, Quilombolas e Indígenas da SDR, Evandro Dürr, apresentou o Programa Estadual de Piscicultura, que objetiva popularizar o consumo de peixe no Rio Grande do Sul, através de iniciativas de incremento da produtividade, da produção sustentável, da industrialização e da comercialização de pescado. Segundo ele, atualmente 83 agroindústrias de pescado estão cadastradas junto à Secretaria.
Destas, 25 possuem o Selo Sabor Gaúcho. Além disso, foram financiados 68 projetos, com recurso total de R$ 620 mil, beneficiando 163 famílias gaúchas com a construção de viveiros, aquisição de equipamento de pesca, armazenamento e beneficiamento de pescado, e um projeto de construção de agroindústria móvel, para abate de pescado, no valor de R$ 50mil e que beneficiou 14 famílias.
Em seguida, o zootecnista e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – campus Palmeira das Missões, Rafael Lazzari, falou sobre “nutrição de peixes”, destacando os cuidados a serem observados na produção de pescado. “Precisamos lembrar que a nutrição está diretamente ligada à qualidade da água. Então, a ideia é manter uma lotação maior, com boa qualidade da água, e utilizarmos equipamentos como o aerador”, explicou. O professor falou sobre a qualidade da alimentação, armazenamento, granulometria, quantidade, frequência, métodos, horário e local da alimentação. “Estrutura é importante, mas assistência técnica também é. Temos uma parceria muito boa com a Emater na região e podemos observar a importância que a assistência técnica tem”, concluiu.
Introdução de alevinos nos viveiros
Finalizando a programação do seminário, o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, Carlos Roberto Vieira da Cunha, falou sobre “sanidade animal”. Cunha frisou que os cuidados devem iniciar antes mesmo da introdução de alevinos nos viveiros. “O foco deve ser a prevenção de doenças, que começa já na construção do viveiro. Também deve-se ter cuidado com o manejo dos alevinos. Por exemplo, não colocar a água que vem junto com os alevinos no açude da propriedade”, orientou.
O extensionista também falou sobre os indicativos de doenças nos peixes, a exemplo da redução ou parada alimentar, natação de maneira anormal e peixes na superfície do tanque, indicando dificuldades respiratórias. Sinais clínicos como brânquias pálidas, áreas sem pigmentação ou hemorrágicas, nadadeiras fragmentadas, olhos esbulhados e lesões na pele devem ser observadas pelo produtor. Cunha também falou sobre as principais doenças que atingem as criações de peixes e formas de controle e tratamento.
Durante a Expotigre, a Emater/RS-Ascar também coordena a parcela da Agricultura Familiar e Artesanato, que conta com 14 expositores, entre agroindústrias, feirantes e agricultoras e, o Espaço Institucional, apresentando as atividades de Energia Renovável, Secagem e Armazenagem de grãos e Plantas Bioativas, com apresentação inicial do Projeto Municipal de Segurança e Soberania Alimentar a ser desenvolvido no ano de 2019, que tem como tema “As plantas medicinais, aromáticas e condimentares na alimentação”.
Fonte: http://www.gaz.com.br/