Vigilância Sanitária não disponibiliza fiscais para coibir a prática irregular. Manuseio e armazenagem incorretos são principais erros encontrados.
O tradicional comércio de peixes em ruas e feiras livres da capital não sofre nenhum tipo de fiscalização, segundo o diretor-geral do Departamento de Vigilância Sanitária de Porto Velho, Ronald Gabriel. Apesar de afirmar que todo alimento vendido em vias públicas não seja saudável, Ronald disse ao G1 que a vigilância sanitária não disponibiliza nenhum fiscal para coibir essa prática irregular. “Legalmente não agimos contra esses comerciantes”, garante.
De acordo com o diretor-geral da vigilância, os peixeiros de Porto Velho não armazenam e manuseiam o produto da maneira correta. “Peixes e frutos do mar devem ser acondicionados submersos em gelo, ou mantidos em câmara fria. A temperatura da Região Norte não é propícia para essa prática. O clima quente estraga o produto rapidamente. Armazenado em temperatura adequada, o peixe estraga em 12h”, explica.
Ronald Gabriel explica que o departamento de Vigilância Sanitária já realizou diversos projetos para capacitar e regularizar o comércio em feiras livres. Desde um programa de abertura de créditos até cursos de capacitação. Mas nenhuma ação teve um resultado satisfatório.
“O que precisa ser mudado é o comportamento do comerciante e dos consumidores, que devem priorizar alimentos com certificação dos órgãos responsáveis”, afirma o diretor.
Manter alguns cuidados na hora da compra pode ajudar os consumidores. De acordo com a Vigilância Sanitária, um peixe em boas condições de consumo apresenta olhos brilhantes, curvados e a guelra rosada. Consumir a carne estragada pode ocasionar problemas graves de saúde.
Fonte: http://g1.globo.com/